sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Caso TV Líder: “Tony Black” Pede Proteção Policial e Dá Mais Detalhes da Trama do Incêndio Criminoso


Pedreiro Fala ao Jornal Pequeno Sobre Pressões e Ameaças Contra Sua Família

O pedreiro Antônio Francisco Martins, de 38 anos, conhecido como “Tony Black”, procurou o secretário de segurança – Aluísio Guimarães para comunicar que vem sofrendo ameaças e pedir proteção da polícia. O acusado, que se apresentou a polícia e confessou o crime, disse que sua esposa está sendo coagida e que seu irmão teve uma arma apontada para sua cabeça.

De acordo com Antônio Francisco, as pessoas apontadas por ele como sendo os mandantes do crime – o vereador Abdias Cidrão e o proprietário da Pizzaria Sagitaurus, identificado apenas como Cardoso – teriam procurado sua mulher afirmando que ele havia sido sequestrado e seria morto pelos donos da emissora que incendiou, na tentativa de que ela revelasse o local onde o pedreiro estava. Ainda segundo o acusado, no dia em que prestou depoimento na Delegacia Regional de Itapecuru, para o delegado Eduardo Munis, ele recebeu uma ligação de sua irmã Camila Ferreira que teria lhe informado que o homem que lhe deu cobertura no crime, identificado apenas como Marcelo, teria ido a sua casa e colocado uma arma na cabeça de seu irmão Antoniel Ferreira, para que ele revelasse o seu paradeiro.

Segundo Antônio Francisco, Marcelo estava à procura do dinheiro que receberia pelo crime. “Eu fiz tudo isso porque estava precisando do dinheiro. Minha família estava passando necessidade. Mas, minha consciência doeu e aí eu procurei o dono da emissora e contei toda a verdade e não fui receber o dinheiro”, declarou o pedreiro.

Conforme explicou o acusado, desde que confessou o crime, ele vem passando as noites em locais diferentes, temendo sofre represarias dos mandantes, que ele afirma ser. “Me fizeram essa proposta inicialmente a cerca de um mês, por meio de um homem chamado de Chapeuzinho, que é vigia da emissora em Vargem Grande.Como estava precisando de dinheiro, aceitei. O vereador não chegou a acertar o preço. Ele só me garantiu que me pagaria o suficiente para acertar minha vida e me daria um emprego na obra da construção de uma creche na cidade. Eu já havia trabalhado com ele em suas campanhas política”, detalhou Antônio Francisco.

Segundo Antônio Francisco, o secretário Aluísio Mendes, durante conversa com o acusado na tarde de ontem, garantiu que vai encaminhá-lo para um espaço na Academia de Polícia, onde ficará até o final do processo.

Gabriela Saraiva – Jornal Pequeno

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