terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sobre Negação do Óbvio e Alienações Voluntárias


Quando repercutiram matéria em que reproduzo denúncia de blogueiros locais sobre a conduta de médico do HAPA (antes dessa última polêmica, aquela do médico que teria prescrito sem ver a doente) focaram o primeiro parágrafo do meu texto em que relato que a notícia vinha da oposição ligada a Isaías.  


Deixaram de falar o principal, que deploro a alegada prática do profissional e cobro pronunciamento das autoridades, para reclamar do rótulo de “ligado a Isaías”. Na virulência de sempre dizem que “para os blogueiros alienados que vivem na sombra da corrupção e sobrevive de tais bajulações, toda e qualquer crítica relacionado ao desgoverno é logo rotulado de oposição. Eles são pagos exclusivamente para velar as verdades ou tentar maquiar as informações”, acusaram. 


Se meu interesse fosse “velar informações” por lógica não teria dito palavra a respeito do tema que iniciou o debate. Mesmo não sendo essencial ao texto, a informação de que as denúncias partiram da oposição ligada ao ex-prefeito é justa e correta. Uma página tem a titular militante do PRB da pré-candidata do grupo de Isaías e o outro já disse com todos as letras que o ex-prefeito Isaías deixou os salários dos servidores 9 meses em atraso por ter bom coração e revelou que toda corrupção do governo dele (Isaías) era  culpa exclusiva dos secretários. Se isso não é vínculo... 


Nunca me ofendi em ser taxado de governista (ou “governi$ta” como eles preferem), simplesmente porque sou partidário sem ser vassalo. Fico pensando que entre uma charge vibrantemente publicada na véspera e a sequencia tão sorrateiramente autocensurada para não aborrecer os líderes, o quanto deve ser penoso servir voluntariamente a intolerantes e a incriticáveis. 


Como não comete crime algum quem vota e apoia Isaías e grupo, o agravo do liame de parte de seus menos iletrados seguidores estampa a herança maldita de seu legado, a limitação de quem se acha livre para tudo menos para lembrar e debater certos tempos e o extremo conflito de mentes – estas sim – intrinsicamente alienadas ao ponto de negar as próprias convicções que todos veem.   


Em tempo, bom sinal: vi num trocadilho carnavalesco um começo de admissão do óbvio.

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