quarta-feira, 23 de maio de 2012

Isaías: O Santo dos Últimos Dias


A defesa do ex-prefeito Isaías, ao negar que ele tenha ameaçado de morte o deputado Magno Bacelar, acabou produzindo “um” Isaías pacato, incapaz de eliminar uma mosca. Um estadista tolerante e frontalmente diferente do Isaías quando estava no poder.

Se a alegada ameaça mais recente ainda careça de comprovação, os modos nada democráticos do ex-prefeito e familiares estão registrados nos anais da política e em algumas condenações judiciais.

Diante do que já vi e acompanhei ao longo da história de Chapadinha, chego à conclusão de que existem dois Isaías. O atual, com um comportamento de humildade e cordialidade e “um” de tempos em que ter o poder em mãos, era sinônimo de: ameaças de morte a adversários em palanques e de mandar prender críticos de seu governo. De perseguição a padres e apoio a familiares quando os mesmos agrediam opositores em praça pública com requintes de covardia.

Para comprovar as ameaças em palanque perguntem aos médicos Sebastião Pinheiro e Zé Almeida que eles contarão que ameaça de morte era corriqueiro nas falas do Isaías poderoso.

Sintam-se à vontade também para indagar o militante social Chico da Cohab qual ex-prefeito deu ordens ao então delegado “calça-curta” (e nomeado a pedido do líder) para prendê-lo, simplesmente por encenar uma peça de teatro.


A agressão ao advogado Djúnior, sem chance de defesa, rendeu uma condenação penal ao filho do ex-prefeito e, hoje, vereador, Marcelo Menezes. Isaías até os dias de hoje, nunca se manifestou sobre o acontecimento.


Poderia passar o dia todo falando de casos do “indefeso” Isaías, mas, como o período eleitoral é pródigo em ilações e acusações entre adversários, o que fica é a memória do povo, que é implacável e deixa claro que não há nenhum Mahatma Gandhi na política local. Nem entre os atuais governantes que têm seus arroubos de prepotência nem entre os antigos detentores, que mesmo em esforço de pacifista, são traídos, a exemplo do que fez Isaías em entrevista a Mirante AM de São Luís, editada por aliados na internet, em que é flagrado recomendando que os deputados cortem a língua do Magno. Civilizado, não?

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