quinta-feira, 11 de abril de 2013

Oposição Necessária: Padre Neves Fala Sobre 100 Dias de Belezinha



100 Dias de Tolerante Observação. Oposição Necessária  


"Os meus interesses. Os teus interesses. Os nossos interesses. E nem o empurrão de 500 anos de evangelização consegue mudar nosso ambiente, relativizar nossos miseráveis interesses individuais. Caridade, bem comum, solidariedade, verdade, atenção à realidade... ainda estão longe! 

  Quem gosta de navegar na internet pode ficar sossegado. Não lhe falta material na literatura local. Escreve-se e expõe-se com fogo, defende-se e ataca-se com paixão. Incendiou-se a fogosidade literária e política de Chapadinha. Há quem pense que política é esgrimir argumentos lucrativos, esmagar rivais ou derrotar idéias adversárias. As opiniões viraram espetáculo, as palavras parecem malabarismos de circo a puxar à habilidade de quem as usa ou à curiosidade de quem as aprecia. 

Quantos infantilismos e vulgaridades insultuosas vaidosamente exibidas em traje científico! Contrata-se jornalistas de renome, aluga-se blogs, paga-se a prestigiados elogiadores, aceita-se e compra-se adversários políticos a bom preço... e tudo para a democracia se transformar em ditadura, em governo totalitarista e dominador. Autêntico “chavismo”! Quando noto a pretensão de um governo querer correr em trilho único, com o combustível de elogios comprados... perante uma fácil e silenciosa alienação popular devida ao desequilíbrio econômico de nossas populações que se dobram esmagadas, numa humilhante dependência, diante de quem tem muita riqueza acumulada... quando vejo todas essas pretensões, sinto indignação, dá-me vontade de dar um murro na mesa ou explodir em generoso protesto, porque tudo não passa de uma tremenda e perigosíssima falácia. O que vem depois, todos sabemos: o governante faz o que quer, desvia o que pode e ainda se fica a rir. Isso é lição bem aprendida em gestões municipais anteriores. E o interessante é ver como ninguém enfrenta ou denuncia a situação. Tudo encaroça em resignação! Todos ficam calados, olhando à distância, sem levantar poeira... preparando-se para, quando aparecer oportunidade, poderem fazer o mesmo, sem ninguém os importunar.  

Sem participação, as eleições não passam de alienação frustrante. Corre-se, buzina-se, embandeira-se o ambiente, faz-se carreatas enormes, ajuntamentos espetaculares, pronunciamentos bombásticos, promessas fantásticas e depois... silêncio absoluto ou covarde cochicho. Todos se calam, os partidos desaparecem, fecha-se os comitês, desaparecem os diretórios, não se apresentam sugestões, evita-se desacordos, vereadores (com letra pequena!) vendem-se a quem mais dá como prendas em leilão público (sem dignidade nem vergonha. Que desgraça!), as contas de governantes corruptos e inescrupulosos vão ser aprovadas... (Isto tudo dito em palavras simples para o povo simples me compreender, porque não são as palavras retorcidas que fazem a verdade!). 

Queremos uma oposição ativa e acordada que pense, que discorde, que acrescente opiniões, que sugira alternativas de governo, que valorize o bem que acontece e ajude a evitar o mal que pode prejudicar. Onde arranjar uma oposição assim forte que não seja frouxa e menos agarrada aos seus interesses? Que não queira trocar votos por empregos para amigos (futuros eleitores!) e favores, mesmo que de pastores? Onde poderemos ir buscar uma oposição que faça pensar, que oriente os acontecimentos para o bem comum, que faça olhar para as reais necessidades da população? Interessante: quando compro um ou dois quilos de peixe, sempre aparece algum para dar ao gato. (Coitado! E ele que não tem hospital local!). Porquê perder tempo a analisar se em 30 ou mais toneladas de peixe apareceu ou não algum em mau estado?! 

Como é possível começar obras em fim de mandato e deixar tudo desmantelado? Como não levantar averiguações sobre dinheiros públicos desviados? (podridão humana é pior que peixe podre!) Porquê tanto congestionamento de doentes, partos, consultas, análises, emergência e internamentos num único lugar? Para quando a fiscalização no Areal do que acontece na construção dos milhares de casas populares? Porquê uma estranha paralisação do comércio?– E outras coisas de que falaremos depois!"

Extraído do site da Paróquia: acesse aqui

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