segunda-feira, 29 de julho de 2013

CHAPADINHA E A ESCALADA DA VIOLÊNCIA (QUEM CULPAR?)



Por: Anaximandro Cavalcanti - Psicólogo 

A criminalidade está atrelada à impunidade
como cães a uma carroça de carne.


Há mais de uma década sofremos com promessas não compridas, enganados e humilhados por aqueles a quem depositamos nossas esperanças; são eles os políticos nefastos e corruptos que arrastam esta nação para o lamaçal da corrupção. Mas, por maiores que sejam as minhas desilusões pessoais, insisto na integridade da democracia e na legitimidade política, certo de não haver motivo para deixar de acreditar em nosso país.

Não creio em riso ou em lágrimas palanquiais como atributo de quem irá salvar a cidade, estado ou o país do caos. Estas atitudes constituem uma linguagem universal, de piedade e de esperança usadas por políticos como meio de dissipar a onda de medo em que vivemos hoje. Seu uso é gratuito a quem quiser!

Seu uso indiscriminado é que esta fazendo como que percamos a fé no progresso e no desenvolvimento, na democracia, e educação. Por culpa de uma política decadente e corrupta, compromissada somente com os interesses da classe, nossas crianças estão crescendo para o nada, usadas por um sistema que prima tão somente pelo número. Por culpa deles é que nossa sociedade se encontra hoje em uma verdadeira via crúcis de sofrimento e abandono, nossos jovens são entregues à morte todo dia, sendo usados como bucha para espingarda, vítimas do crac que em nossa Chapadinha prolifera em cada beco, cada praça, cada noite, e não se vê quase nada por parte de quem deveria vir algo! Só lagrimas e riso no palanque.


E quem há por trás de tudo isso, o que há por trás dos assaltos cometidos nos supermercados e farmácias de nossa cidade?  Este mal que escraviza a nossa juventude e faz proliferar a violência estar na falta do cumprimento da lei. Quando se discute a vinda de um batalhão para nossa cidade, ou o aumento de policiais como solução para o avanço da criminalidade é preciso ver que 10 policiais – em minha opinião – já seriam o suficiente, se a lei fosse comprida. Esses crimes cometidos pelas drogas, não passam de espasmos de uma sociedade moribunda órfã de autoridade e sem lei! O pai já não é mais pai, o padre perdeu seus poderes, os policiais a ordem e o delegado o respeito!

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