segunda-feira, 31 de março de 2014

HAPA Sem Comando e a Procura de Bodes Expiatórios


"Tumulto no HAPA, agora pouco, chegaram três acidentados e um rapaz com convulsão. O mesmo ficou esperando por atendimento nas cadeiras do lado de fora, e o pior , o HAPA estava sem recepcionistas para fazer as fichas e sem médicos de plantão"! Afirmou o denunciante ao Blog da Jane Andrade, que foi - na noite de ontem - ao local e constatou filas e a falta de atendimento.

Blogs governistas confirmam a falta de atendimento, mas responsabilizam funcionários. “Ao passo que iam chegando, as pessoas queriam imediatamente fazer a ficha de atendimento, mas não havia ninguém na recepção do hospital para fazer o procedimento. O secretário de Saúde, Alan Monteles, foi informado da situação e, após averiguar, ficou sabendo que duas pessoas da recepção (que são concursadas) haviam faltado ao trabalho no plantão da noite. Ainda de acordo com Alan, no momento de maior tensão, não estavam presentes os dois guardas municipais escalados para trabalhar na segurança do local”, relatou o blog do William Fernandes. “Alan já esteve reunido com a prefeita Belezinha que, indignada com a falta de compromisso destes servidores, determinou abertura de processo administrativo para que sejam tomadas as providências cabíveis” completou.

O diretor clínico do HAPA também falou ao Blog da Jane. “Sobre a falta dos recepcionistas Dr. Carlos afirmou que tudo aconteceu durante a troca de plantão dos funcionários. Os dois funcionários que faltaram ao serviço não comunicaram a direção do HAPA sobre sua ausência não permitindo assim que esta providenciasse a substituição dos dois de forma imediata evitando os transtornos aos pacientes. O clínico lamentou a falta de ética, compromisso e responsabilidade de alguns funcionários. Declarou que independentemente de política o funcionário tem que cumprir seu trabalho de forma digna”, disse o blog da Jane.

Comento:
Funcionários concursados deixando de cumprir suas obrigações ou mesmo boicotando atendimento no HAPA não é novidade. Na gestão anterior, de materiais escondidos a quebra proposital de equipamento se teve notícia. Mas isso – no passado ou presente – não supre uma questão fundamental: na falta de qualquer funcionário a direção da unidade de saúde deve ter ciência imediata, esquema de substituição e comando presente para não ficar refém de maus funcionários. Se quiser realmente ter controle da unidade, a direção deve ter um encarregado de plantão (alguém leal aos gestores) para resolver ou acioná-los em problemas pontuais como este, do contrário essa ameaça de abertura de inquérito administrativo não será mais do que procura de bodes expiatórios ou acobertamento de outras deficiências mais graves.  

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