terça-feira, 28 de junho de 2016

Ninguém Merece Morrer Mil Vezes...

O noticiário a respeito da morte da chapadinhense Eva Braga revela a face mais cruel da mídia sensacionalista e do apego das pessoas pela maldade que acaba matando mil vezes as vítimas de violência do tipo. 

Uma garota como outras tantas que partiram em busca de dias melhores aparece morta tragicamente e seu infortúnio ao invés de produzir consternação e solidariedade enseja prejulgamentos e linchamentos morais ao gosto de compartilhamentos desumanos.

Esse preferência comum pelo grotesco não foi inventada pela imprensa mas é utilizada por ela em busca dos acessos que dão lucro ao que não tem valor e notoriedade à irrelevância. O sucesso da crônica sádica não começou com a Internet, apenas ganhou velocidade com os Zaps da vida.

No roteiro do repúdio a qualquer tipo de censura e em homenagem ao que a tecnologia trouxe de bom, o remédio é individual, da opção pessoal de não compartilhar infâmias e de rejeitar páginas de preconceitos, de esgoto e de sangue. Afinal todos nós ainda vivos estamos sujeitos a morrer mil vezes como a jovem Eva.   

    

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