sábado, 24 de fevereiro de 2018

A Rodoviária que Temos e as que Perdemos


Depois de a prefeitura anunciar a reforma da nossa velha rodoviária a repercussão foi imediata. Ampla maioria comemorou na base do “já era tempo”, um grupo menor defendia a demolição do prédio antigo em prol da construção de um novo terminal e o valor anunciado da reforma – cerca de 222 mil reais – também foi questionado.

A polêmica toda traz um bom debate sobre bem público, valor de obra e participação da cidadania nas decisões governamentais.

Na sua época Belezinha gastou R$ 100.000,00 com isso


Valor da Obra
Começo o debate sobre o valor da obra que sem saber direito o que vai realmente ser feito, 222 mil parece muita grana. Digo sem saber direito o que vai ser feito o valor anunciado pode ser insuficiente ou até absurdo como querem alguns. Mas sem ver a planilha de gastos ou esperar a conclusão não tem como opinar sem paixão política. Em todo caso é bom ficar de olho mesmo porque, em exemplo recente, a prefeitura na gestão de Belezinha gastou mais de R$ 100.000,00 só com tapumes e cercas de obras de praças, de acordo com as planilhas da própria prefeitura. Veja aqui, matéria com todas as planilhas.  




Nova Rodoviária x Velha Perseguição
Quem não chegou este ano em Chapadinha sabe que a ex-prefeita Belezinha passou 4 anos tentando construir uma rodoviária e foi implacavelmente impedida por ela mesma. Os recursos da ordem de 700 mil reais, estavam garantidos por convênio com Caixa Federal e na hora da escolha do local a ex-prefeita passou 3 anos tentando tomar o terreno do vereador de oposição Eduardo Sá, depois desistiu desse e resolveu desapropriar a preço de banana terreno de empresário por valor igualmente irrisório. A justiça impediu que Belezinha usasse o poder da prefeitura para perseguir e como resultado estamos sem nova rodoviária até hoje.  

Pobre mas Limpinha e Equipamento Cultural
Diferente dos que preferem a velha rodoviária no chão, quero ter o prazer de ver aquele local com banheiros limpos e todo ele bem cuidado depois da reforma, de modo a que possamos dizer que temos uma rodoviária pequena, modesta, porém limpa e digna. Quando for possível um novo terminal rodoviário, que aquele prédio público ganhe nova utilidade, como abrigar secretarias ou – puxando brasa pra área que precisa ser fortalecida em Chapadinha – virar museu ou centro cultural, por exemplo.

Participação
É evidente que nenhuma iniciativa da gestão pública vai ter 100% de aprovação, principalmente no ambiente desordenado das redes sociais. Para sair da armadilha das opiniões vazias e evitar erros, o governo municipal precisa criar mecanismos sérios para ouvir a comunidade antes de propor obras e ações: o orçamento participativo e audiências públicas são mecanismos de governança compartilhada que precisam avançar em Chapadinha.

Corda em Casa de Enforcado

Natural que o grosso das críticas quanto a reforma da rodoviária venha da política partidária e dos eleitores da candidata que perdeu a eleição. Nisso a democracia e o direito de questionar age contra eles mesmos. Afinal, não se reclama de 200 mil pra rodoviária tendo gasto 100 mil com cercas velhas e não fica bem falar de rodoviária quem teve a verba e tudo na mão pra fazer e achou mais importante perseguir desafetos e donos de terrenos. 

Em 2013: Belezinha e comitiva em um dos terrenos que tentou desapropriar 
* Primeira foto: William Fernandes

Nenhum comentário: