quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Carnaval, Vargem Grande e Nosso Atual Complexo de Cachorro Louco


Sabe aquela mania do brasileiro de se menosprezar e supervalorizar tudo que existe ou vem do estrangeiro, que apelidaram de complexo de vira latas? Nós chapadinhenses estamos descendo um degrau abaixo ao – por pirraça política ou por decepção com as atrações – escolhermos Vargem Grande como o sonho de consumo carnavalesco.

Nestes últimos dias, à guisa de protesto por falha em determinado serviço público, vi internautas importantes a recomendar que o público de fora evite Chapadinha no período e parte da mídia local, incluindo a afinada com a prefeitura, não para de promover (até de graça) a festa do município vizinho.  

Com muita gente jogando a favor do comércio e do turismo de outros municípios, só resta aos barraqueiros, vendedores de alimentos, donos de bares e blocos organizados contarem com os foliões mais humildes do povo de Chapadinha que até aqui têm sobrevivido a diferentes governos e persistido brincando de forma alegra a prá lá de pacífica em carnavais muitos bons e outros nem tanto.

De minha parte vou fazer como sempre fiz: nem achando tudo belezinha e tão pouco feliz demais com tudo enquanto, mas mantendo sempre o prazer pela companhia de meus conterrâneos e a preferência pelo carnaval da minha terra. O Labareda, o Baile a Fantasia, o Bloco de Sujos, o Abrigo, Arinus, as Praças Luís Vieira, Bandeira e do Povo que me aguardem.


Aos irmãos de Vargem Grande desejo que tudo transcorra na santa paz e sorte na empreitada de superar graves e antigas mazelas promovendo suntuoso carnaval. Já os atingidos pelo nosso atual e particular complexo de cachorro louco tenho é dó.

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