quinta-feira, 12 de abril de 2018

O Ódio na Política Nacional e Local



Como invento humano capaz de mediar conflitos sem a necessidade de violência entre divergentes, a política – contraditoriamente – suscita paixões e ódios e quando tais sentimentos passam dos limites, ela (a política) perde o poder conciliador e as ameaças de saídas violentas afloram.

Vivemos tempos difíceis no cenário nacional, as agressões saem do ambiente virtual e ganham a vida real de forma extremamente grave com risco à democracia, “troca da política pela porrada” e substituição de votos por tropas e tanques.

Manter a educação na divergência nos Faces e Zaps e evitar embates físicos talvez sejam as tarefas mais patrióticas que um lado e outro possam oferecer ao Brasil que em nada vai melhorar com a perda da paz e o fomento da intolerância.

No plano local a falta de compostura ganha ares de tragicomédia na medida em que não se antever que descambe para violência, porém, igualmente impede o debate sério, a discussão democrática de velhos problemas administrativos e a análise correta dos generalizados defeitos da nossa classe política.

Grosso modo, não é a correção dos problemas o que interessa aos ferozes xingadores das redes sociais tupiniquins e a narrativa de linguagem chula é motivada por perda contrato, cargo ou emprego; frustração na expectativa de ganhos na gestão atual; cobrança de forma e em local indevido e a eterna vontade de sempre ter ou nunca perder as benesses de todo e qualquer governo.

A nação tem 518 anos de atrasos e avanços e o município 8 décadas entre evolução e retrocesso, das longas trajetórias às complexas causas que não serão superadas por surtos internet, o Brasil precisa de mais política e menos ódio, Chapadinha de menos ressentidos e mais oposição qualificada.             

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