Apesar do forte apelo sensacionalista
a mídia precisa ter muito critério ao noticiar casos de suicídios. Manuais de redação
de grandes empresas jornalísticas brasileiras proíbem que seja dada
visibilidade aos casos de suicídio. Há uma espécie de acordo não oficial
da imprensa, sem registros de quando começou, que determina a exclusão dos atos
suicidas dos noticiários.
“Estudos alertam que dar visibilidade
para casos de suicídio pode influenciar outras pessoas a fazer o mesmo. As
pesquisas indicam que em algumas situações pode ocorrer o chamado efeito
"copycat", ou seja, de imitação da prática, fazendo com que vários
episódios semelhantes ocorram por causa da divulgação. Fotos, cartas e
vídeos das duas ocorrências foram compartilhadas em massa na internet”, alerta
matéria do jornal paraense, O Liberal.
Algumas entidades como o Centro
de Valorização da Vida (CVV) defendem que o problema de saúde pública seja
abordado com responsabilidade por veículos de comunicação a partir
das diretrizes do Manual para Profissionais da Mídia, da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Se há consenso entre empresas jornalísticas
e especialista de saúde, a pulverização da comunicação pelas redes sociais,
busca desenfreada por audiência e likes traz o tema de volta à cobertura que pode
aumentar os casos de suicídio.
Quem se propõe operar meios de comunicação
não pode ficar indiferente às consequências e os prejuízos coletivos. Casos de suicídio
não devem ser destacados como assunto corriqueiro e à mercê de sensacionalismos.
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