quinta-feira, 30 de julho de 2009

Municípios Reclamam Queda de 11% do FPM


O repasse governamental que compõe o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) fechou o mês de julho com queda de 11%. Hoje (quarta, 29), o Tesouro Nacional transferiu para prefeituras de todo o país o valor global de R$ 805,6 milhões, referentes ao terceiro decênio deste mês, já descontados os recursos do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (Fundeb).

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, o montante dos repasses aos municípios referentes ao terceiro decênio, incluindo-se o Fundeb, chegou a R$ 1,007 bilhão. Assim, os recursos creditados pelo Tesouro somaram R$ 3,083 bilhões em julho – valor 11% inferior ao que foi repassado no mesmo período de 2008, que foi de R$ 3,464 bilhões (diferença de quase R$ 400 milhões). Em 2009, praticamente R$ 27,5 bilhões já foram destinados às prefeituras pelo governo – quase R$ 1 bilhão a menos do que o repasse dos primeiros sete meses do ano passado.
A Secretaria do Tesouro Nacional estima que o total de recursos que vão compor o FPM bruto em agosto será 31% mais elevado do que o que foi repassado neste mês. A previsão é de um montante bruto de R$ 4 bilhões durante os três decênios do próximo mês.

Os déficits registrados na destinação de recursos federais aos municípios já são alardeados desde o início do ano pelo presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski. Em março, Paulo manifestou descontentamento ao Congresso em Foco ao considerar que, enquanto o governo se valer de redução de tributos como IPI (imposto sobre produtos industrializados), que incidem na arrecadação do FPM, os prejuízos continuarão.

"É lamentável, o governo deveria conceder isenções em suas áreas, não nos municípios. Isso está estrangulando o desempenho dos municípios, que estão sem margem de manobra", reclamou Paulo, que ainda aponta aumento na retenção de repasses junto ao Fundeb, que também reduz os recursos para livre utilização do FPM pelas prefeituras. Naquele mês, os efeitos da crise financeira internacional também teriam trazido limitações a movimentações financeiras em nível nacional, um dos fatores de retração dos repasses ao Fundo mencionados por Paulo.

“Este é um mês [julho] em que o FPM é bem menor, mas a queda verificada está bem acima do estimado, o que pode indicar que a recuperação da economia e o aumento da arrecadação de IPI e IR [imposto de renda] ainda vai demorar um pouco para chegar aos cofres municipais“, contemporizou Paulo, para quem a redução de repasses obrigará o governo a procurar mais suplementação orçamentária.

Como exemplo do fator de recuperação, Paulo aponta a aprovação da Medida Provisória 462/09, que institui o Apoio Financeiro aos Municípios (AFM). O mecanismo, lembra o presidente da CNM, já garantiu crédito inicial de 1 bilhão, que estaria em processo de esgotamento. “É imprescindível que o presidente Lula encaminhe rapidamente ao Congresso Nacional o pedido de mais recursos para os municípios”, concluiu. Do valor inicial via AFM, restam apenas R$ 38 milhões em caixa disponíveis para os municípios (R$ 962 milhões já foram repassados pelo Tesouro).

Informações: Congresso em Foco

quarta-feira, 29 de julho de 2009

UFMA Abre Vagas Para Chapadinha


A Universidade Federal do Maranhão, através da Pró-reitoria de Ensino (Proen), divulgou Edital nº 154/2009, as normas gerais para preenchimento das vagas existentes nos Cursos de Graduação da UFMA que tratam de Transferência Interna, Transferência Externa, Nova Habilitação e/ou Modalidade e Matrícula de Graduado, no 2º semestre letivo de 2009. São ao todo 1216 vagas ociosas oferecidas nos campus em São Luís, Imperatriz, Chapadinha e Codó.
As inscrições serão realizadas no período de 27 a 31 de julho de 2009 (sexta-feira), das 08h às 12h e das 14h às 17h, nos locais abaixo:

I. Campus de São Luís: Divisão de Expediente, Protocolo e Arquivo (DEPA) – Campus
Universitário do Bacanga, Prédio Mal.Castelo Branco (Castelão), nesta;
II. Campus de Imperatriz: Secretaria Acadêmica, Rua Urbano Santos, s/n – Imperatriz;
III. Campus de Chapadinha: Secretaria Acadêmica, BR 222, Km 04, s/n – Chapadinha;
IV. Campus de Codó: Secretaria Acadêmica, Rua Professor Fernando de Carvalho, 1586 – Codó.

Para efetuar as inscrições, os candidatos devem apresentar os documentos solicitados e indicados no Edital.

O Processo Seletivo constará de prova específica e/ou prova de redação, em conformidade com os critérios de avaliação, conteúdo e referências bibliográficas especificados no Edital. A listagem inicial de candidatos cujas inscrições no Processo Seletivo foram deferidas será divulgada até 05 de agosto de 2009, no sítio da Universidade na Internet: http://www.ufma.br/.

A listagem final de inscrições deferidas, bem como as informações referentes aos locais de prova serão divulgadas até 11 de agosto de 2009, no portal UFMA. As provas serão aplicadas no dia 14 de agosto de 2009, com início às 08h30 e término às 12h30.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Roseana Não Deve Vir a Chapadinha

Dificilmente a governadora Roseana Sarney virá a Chapadinha por ocasião da reunião do Plano de Desenvolvimento da Região Turística do Meio-Norte, que acontecerá, no próximo dia 6 de agosto. É que Roseana recebe, na mesma data, o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no canteiro da Usina Hidrelétrica de Estreito, no sul do estado, e visita uma escola técnica na periferia de São Luís.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Chapadinha Sediará Encontro Interestadual de Turismo


No próximo dia 6 de agosto a cidade de Chapadinha sediará encontro dos estados do Ceará, Piauí e Maranhão para debater as perspectivas de desenvolvimento do turismo nestes estados. Denominado de Plano de Desenvolvimento da Região Turística do Meio-Norte, o evento foi elaborado por diversos órgãos do Governo Federal e pelas Secretarias de Planejamento e Turismo dos estados.

No Maranhão, o Plano beneficiará três regiões: Lençóis Maranhenses, Delta do Parnaíba e Alto Munim, incluindo outros 21 municípios, além de Chapadinha. Segundo os organizadores, quando o projeto estiver implantado por completo, ele irá transformar a região que compreende o nordeste maranhense, hoje estagnada economicamente e detentora dos piores indicadores sociais.

Entre as autoridades, já confirmaram presença os titulares das pastas de turismo dos três estados, um representante do Ministério do Turismo e prefeitos das 21 cidades alvos do programa. A vinda da Governadora Roseana Sarney é provável, mas ainda aguarda confirmação.

Durante os debates, que serão realizados no auditório do CRESU, se tratará da versão preliminar do projeto, como o diagnóstico regional e informações sobre as atividades econômicas desenvolvidas na região e seus impactos ambientais, o processo histórico de ocupação da área e os impactos sobre a identidade cultural, o contexto fundiário, demográfico e econômico, e, ainda, informações sobre infraestrutura de acesso e serviços e saneamento básico.

Como anfitriã do encontro interestadual a prefeita Danúbia Carneiro se mostrou empolgada com as oportunidades de desenvolvimento que poderão vir depois do projeto e recomendou total empenho de sua equipe na organização do evento. Ainda na fase preparatória Danúbia participa de ato, no Hotel Première, dia 03 de agosto, em São Luis, quando os governadores do Maranhão, Ceará e Piauí solicitarão oficialmente a construção da BR 402, que ligará Barreirinhas a Jeriquaquara.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Bar do Léo tem Funcionamento Garantido

Hoje é dia de vitória!”. Com esta frase, Leonildo Peixoto Martins, ou simplesmente, Léo comemorou a decisão que permite o funcionamento de seu espaço na feira do Vinhais. O bar do Léo, como é conhecido pelos ludovicenses funciona no local há 30 anos. Semana passada surgiram rumores que o bar poderia ser fechado. Tudo por causa do descumprimento de cláusulas do regimento de contrato, datado de 10 anos. Este havia vencido há dois anos, desta forma, o espaço seria submetido às regras para continuar funcionando. Uma reunião entre representantes do Governo e da cooperativa que administra a feira pôs fim ao impasse: o Bar do Léo fica. E ontem, no Dia do Amigo, ele abriu o espaço para comemorar.
Na sede da Secretaria Estadual de Administração a situação do Bar do Léo foi selada. Por volta das 17h membros do Governo e feirantes discutiram sobre a permanência do espaço. Os feirantes defenderam tratar-se não de um bar, mas de um canto de preservação da cultura e história local. Quanto ao vencimento do contrato, os feirantes afirmam terem apresentado a proposta de renovação no prazo. “O contrato reza que dentro de 90 dias, se a outra parte não se manifestar a renovação é automática”, explica o gerente administrativo da cooperativa, Cristino José Nascimento.

Foto e Informações: O Imparcial

UFMA Chapadinha: Um Campus Contra o Atraso


Depois de gerar forte repercussão com a reprodução no Jornal Folha do Baixo Parnaíba, publicamos a íntegra da matéria do Jornal Valor Econômico sobre o Campus IV, que também retrata o cotidiano e traz dados do município de Chapadinha. O texto é mais longo do que o usual para a Internet, mas vale a pena a leitura, especialmente para aqueles chapadinhenses que estão distantes geograficamente. Aproveito para reparar a omissão - involuntária, porém injusta – do nome do autor da matéria da versão impressa.
Alexandre Pinheiro

Por Paulo Totti

Chapadinha, no leste do Maranhão,tem 70 mil habitantes e apenas no lado ímpar de quatro quadras de sua avenida principal, a asfaltada Oliveira Roma, contam-se 13 farmácias. Balcões e armários brancos, esmaltados, limpos, as farmácias são povoadas de fregueses, quase tantos quanto os que, logo depois da loja do Boticário, na esquina da Caixa Econômica Federal, frequentam a fila do Bolsa Família ou o guichê da Mega-Sena acumulada. À noite, boêmios, casais de namorados e alguns poucos “gaúchos” — negociantes de soja presentes na cidade apenas para uma transação bancária, pois as grandes plantações estão a 100 quilômetros, em outros municípios — reúnem-se na praça principal para tomar cerveja e assistir a novela ou o jogo do Brasileirão na grande tela de cristal líquido.
Nesta região do Baixo Parnaíba, quase divisa com o Piauí, que já não é mais floresta amazônica, mas a vegetação rasteira ainda não se definiu entre ser caatinga ou cerrado, o governo federal desenvolve uma de suas experiências de interiorização do ensino superior. Trata-se do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), um campus avançado da Universidade Federal do Maranhão. A experiência está dando certo?Sim e não.
“O campus tem problemas, sim, mas é experiência fascinante com belo futuro”, diz Jocélio dos Santos Araújo, paraibano de 33 anos. Diretor desde 2008 do CCAA, onde há três anos funcionam cursos de graduação em agronomia, zootecnia e biologia, Jocélio chegou ao Maranhão depois de um périplo pelo país. Graduou-se em zootecnia no campus da Universidade Federal da Paraíba, na cidade de Areia; fez mestrado na Federal de Pelotas, RS, e o doutorado na Federal de Lavras,MG. Era orientador de mestrado na Universidade Estadual do Paraná, em Cândido Rondon, quando se candidatou a professor em Chapadinha e,mais tarde, a diretor do campus, para receber a maioria dos votos de alunos, funcionários e professores. Esta região tem um dos dez piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil e a vida aqui tem poucos confortos. Mas por isto estamos aqui, para a transformação. Sabemos que o pioneirismo implica sacrifícios, é assim no mundo inteiro”, diz Jocélio.
O IDH de Chapadinha (longevidade, educação e renda) é de 0,588, inferior à média do Maranhão (0,683) e também de Alagoas (0,677), os Estados com a pior qualidade de vida do país. Brasília tem o IDH mais alto, 0,874. Ao lado de sua mesa, na apertada sala de diretor do campus, Jocélio
ostenta um espectrofotômetro de infravermelho próximo. O delicado equipamento serve, por exemplo, para estimar o quanto de proteína um bovino ou caprino precisa para aumentar sua produção de carne ou leite. Em todo o Nordeste só a Embrapa possui semelhante joia, e Jocélio, mestre e doutor em zootecnia, a afaga com orgulho. O maior dos problemas do campus está a menos de duzentos metros e estaria à vista do diretor se seu gabinete tivesse uma janela para o horizonte. Por trás de viveiros com experimentos de legumes e hortaliças aparecem os primeiros telhados dos invasores. Jocélio mostra um desenho com o traçado original do terreno da Universidade, algo com a forma de um trapézio, e separa 20% com um risco: “Até aqui mando eu; o resto é invasão”. Dos 150 hectares pertencentes ao campus, em torno de 120 estão ocupados por intrusos. Nada dos tradicionais sem-terra, aqui os invasores são gente de posses, mais de 100: pequenos e médios comerciantes, dentista, dono de uma rede de padarias, funcionários públicos, afilhados de políticos, ex-delegado e até um sargento aposentado da Polícia Militar que ergueu uma casa de campo com mais de 250 m2 , dois andares, avarandada, com piscina, obra de arquiteto competente e de bom gosto.
Poucos invasores moram nas casas — alguns vivem em São Luís — ou não estão em casa nas horas de trabalho. Às três da tarde de uma quarta-feira, o Valor conversou com Antônio Diogo de Souza, que faz parte dos três ou quatro que não tinham onde morar antes da invasão. Antônio, com mulher e quatro filhos — o mais velho, 20 anos, desempregado; os demais não estudam —, está ali “há dez anos”. “Os ricos estavam chegando e eu cheguei também com minhas coisas”, diz. Ao lado de sua casa começa “o sítio” do dono das padarias. Antônio ocupa um terreno de 26 por 110 metros, onde, atrás da casa de taipa, cultiva uns dez pés de macaxeira. “Se o doutor quiser, vendo o terreno agora por 20 mil”.
Na 5a Vara da Justiça Federal em São Luiz tramita o pedido de reintegração de posse. A causa se arrasta desde o ano passado e, pela ousadia de pedir a expulsão dos invasores, Jocélio foi ameaçado de morte, e, com a mulher, mineira, e duas filhas, uma de 16 anos e outra de 11 meses, teve de abandonar Chapadinha por alguns dias, no começo do ano. Foi quando, autorizado pelo juiz federal José Carlos do Vale Madeira, e pelo reitor da UFMA, começou a cercar com muros o terreno pertencente ao campus. Nada aconteceu com Jocélio, mas um vereador e seis capangas espancaram, no centro da cidade, o professor Telmo José Mendes, secretário do meio ambiente da atual prefeita, Danúbia Almeida (PR).
O paulistano Telmo, formado em engenharia civil na PUC de Campinas, com doutorado de geociências na Unicamp, leciona desenho técnico, topografia e construções rurais no campus, aonde chegou precisamente durante a aula inaugural no dia 20 de novembro de 2006, em meio, segundo ele, ao maior temporal de sua vida. Como secretário municipal, Telmo recomenda fossas sépticas aos habitantes da cidade; como professor do campus, cuidou do muro que tenta evitar novas invasões. A ausência de fossas pode explicar o mercado para tantas farmácias em Chapadinha, como o muro do campus explicaria a surra em Telmo.Isaías Fortes (PP), prefeito eleito em 2006 e cassado logo depois por corrupção em gestão anterior, foi um dos que autorizaram amigos e afilhados a ocupar as terras do campus. E é pai do vereador espancador. As terras foram doadas pela prefeitura à Universidade em 1983, em documento registrado em cartório. No local, funcionou um curso de pedagogia, também ligado à UFMA, que formou apenas uma turma, não promoveu novos vestibulares e fechou as portas em 1987 (José Sarney, PMDB, maranhense de Pinheiro, era o 35o presidente da República, com mandato de 1985 a 1990). Abandonados, os 150 hectares foram sendo invadidos. A própria prefeitura, em várias gestões, doou, também com papel passado, parcelas da propriedade, mas já não podia presentear com o que não mais lhe pertencia. Só em 2006, o governo federal resolveu reocupar o terreno e dar-lhe um destino permanente e sério, ao lado de outros quatro campi no Maranhão: Imperatriz, Bacabal, Pinheiro e Codó. O campus agora integra o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Em despacho de 7 de maio, o juiz federal Madeira determinou uma perícia para definir os limites da propriedade da Universidade e a realização de um estudo sócioeconômico da situação dos “residentes em cada imóvel (o juiz não usa a expressão ‘invasores’)”.
O reitor Natalino Salgado diz que a prefeitura de Chapadinha concorda em remover os moradores de baixa renda para terrenos da municipalidade. “Quanto aos demais, com casas de alvenaria, vamos brigar na justiça, sem acordo”. A prefeitura concorda também em ceder, até que a questão judicial se resolva, uma outra área para as atividades práticas do campus. Esta é a segunda razão das queixas dos alunos: como podem funcionar cursos de agronomia, zootecnia, biologia, se não há espaço para plantar e semear, criar gado (caprino, especialmente), movimentar máquinas, cultivar peixes em tanques? “As primeiras turmas se formarão em 2011 e teremos deficiência em disciplinas de campo”, diz Charles Tavares, 20 anos, do quinto período de agronomia, cujo pai na cidade de Tuntum, ao sul do Maranhão, 480 quilômetros de Chapadinha, quer aproveitar o aprendizado do filho para melhorar o rendimento de seus 200 hectares de terra. “Os professores são bons, mas ficamos na teoria. Às vezes vamos visitar fazendas aqui perto. É solução entre aspas, porque não basta ver o que os outros fazem. Tem que botar a mão na terra, errar,acertar. Assim é que se apreende”. A namorada de Charles Wagner, Larissa Portela, 22 anos, leva dois dias no carro do pai para vir de Anápolis, Goiás, para cursar o terceiro período de zootecnia em Chapadinha. Ela também se queixa da falta de aulas práticas, mas diz que já fez dois anos de veterinária na PUC de Poços de Caldas, MG, — “onde descobri que minha vocação era a zootecnia” —, e observa uma vantagem em Chapadinha. “As coisas ainda não funcionam perfeitamente, mas aqui a mentalidade é nova e a partir do ano que vem acho que tudo será novo, laboratórios, equipamentos”. Larissa diz que há faculdades com 60,70 alunos para um professor. “Aqui a relação é de dez para um”.
Professores e alunos têm outra carência: salas de aula. Estas, mais a biblioteca, os laboratórios e a própria sala de reunião e descanso dos professores, comprimem-se no prédio da administração. Um moderno edifício à entrada do campus deveria estar pronto desde 2007, mas a construtora faliu no meio das obras. Elas foram retomadas este ano e metade das instalações está concluída, à espera de detalhes de acabamento, água e luz. O reitor Natalino voltou de Brasília há dez dias com uma boa notícia: o Ministro da Educação, Fernando Haddad, liberou R$ 6 milhões para assegurar que o novo prédio e um anexo para abrigar máquinas dos cursos de agronomia e zootecnia funcionem em março de 2010. Com isso, o campus pode abrir mão de salas de aula alugadas de uma escola particular no centro da cidade. “Com aulas em lugares diferentes e distantes, interrompe-se a convivência de docentes e discentes que define uma universidade”, diz o presidente do Centro Acadêmico da Biologia,Wagner Marques, 24 anos, quinto período. No ano passado, por causa das deficiências de infraestrutura, os três cursos, com a liderança da biologia de Wagner, entraram em greve e o campus ficou mais de um mês paralisado. Wagner não afasta a hipótese de nova greve no segundo semestre. Ele diz que, em São Luís, a reitoria dá pouca atenção aos problemas de Chapadinha e que recursos liberados por Brasília sofrem “estranhas demoras” no seu repasse para o campus (o reitor nega).
O campus tem hoje 406 estudantes e é destacável a quantidade de alunas. Elas só são minoria em ciências biológicas: 109 homens, 47 mulheres. Nas 102 matrículas de zootecnia, as mulheres são exatamente a metade. E em agronomia há 47 homens e 101 mulheres. O diretor Jocélio considera pequeno o número de estudantes. Com 40 vagas a cada semestre, o campus deveria ter hoje perto de 800 alunos. “A causa é a fraca aprovação no vestibular”, diz André Luiz Gomes da Silva, fluminense de São João do Meriti, doutor em biologia. Aos 21 anos, soldado da aeronáutica no Rio, lembra que foi denunciado por um cabo por ler um livro de plantas e flores no horário de serviço. “É verdade, capitão”, disse André ao comandante, “tenho exame hoje à noite.” “Exame de quê?” “Biologia, estou no terceiro ano de graduação”. “Cabo”, gritou o capitão, “você é que merece alguns dias de gancho”. André Luiz, de família pobre da Baixada Fluminense, fez todos os cursos em escola pública e é considerado um dos melhores professores de Chapadinha. “É igual à gente”, dizem os alunos. Larissa Portela conta que havia 500 inscritos para 80 vagas na zootecnia quando fez vestibular. “Só passaram 24”. Analu Pereira dos Santos Costa, da cidade de Brejo, a 80 quilômetros, 20 anos, quinto período de biologia, mãe viúva e professora primária, conta que em sua turma de vestibulandos, em 2007, eram 200 candidatos. “Passaram 13”. André Luiz explica: “O número de inscritos confirma o interesse pelo campus no Norte, no Nordeste e até no Centro Oeste. As pessoas não passam no vestibular porque o ensino médio é fraco”.
Em lugar de escolas de cara e alta tecnologia, não seria melhor instalar em Chapadinha, como se tentou fazer na década de 80, escolas de licenciatura, formar professores de ensino médio? A maioria dos professores e alunos discorda. O reitor argumenta: “A presença do campus já mobiliza e vai modernizar a economia da região, gerar emprego e renda no Maranhão e também no Piauí, que é próximo. E tenhoumanotícia: estamos implantando a 100 quilômetros, em São Bernardo, uma extensão do campus de Chapadinha,com cursos de licenciatura em ciências da natureza, matemática, informática, ciências humanas. As aulas vão começar em março”. Lívio Martins Costa Jr. é da vizinha cidade de Brejo, e veio a ser professor em Chapadinha depois de graduar-se na UFMA e fazer mestrado e doutorado na Federal de Minas Gerais. Reconhece que, até agora, o campus contribuiu pouco para mudar mentalidade e modo de produção da região de Chapadinha, cuja economia ainda gravita em torno do comércio, do cultivo do babaçu e algumas plantações de soja, com mão de obra que os “gaúchos”—quem planta soja no Maranhão é gaúcho, mesmo que tenha nascido em Juiz de Fora — importam de outros Estados, pois “aqui ninguém sabe manejar máquinas de até R$ 1 milhão”,como diz Charles Wagner, o namorado de Larissa. “Precisamos de um efeito demonstração, alguém que venha de baixo e que faça sucesso. Ele servirá de modelo e outros o seguirão.
Tem que acabar essa ladainha: ‘meu vizinho se mata e nunca sai do lugar’”, diz Lívio, que leciona no campus e tenta criar empresários modelo em experiência que realiza com 20 famílias de criadores da cabras e ovelhas a 70 quilômetros da cidade. Veterinário e parasitologista, Lívio leva seus alunos para constatar os progressos que já alcançou no combate à verminose do rebanho e no aumento da produção( 5 kg de peso vivo,2,5 kg de carne) em caprinos de corte que trata com tanino de acácia. “Nunca pensei que poderia exercer a profissão na minha terra”, diz Lívio, otimista, também, com o crescimento da produção de soja. “Pode ser o início de uma cadeia produtiva, industrialização local de óleo e farelo, fábrica de rações para permitir criação de frangos. É isso: visão empresarial e vontade política”. “E o transporte dos estudantes?”, pergunta Joyce Laís Alves de Souza, 20 anos, quarto período de biologia, filha de um pedreiro em Magalhães Almeida, a 160 quilômetros de Chapadinha. “Não é mestre de obras, não. É pedreiro mesmo, ganha diária de R$ 35, quando trabalha”, explica Joyce. Ela, Analu e a outra companheira de república, Ana Paula, 20 anos, quarto período de biologia, nascida em Nina Rodrigues, a 90 quilômetros, vão juntar-se todas as manhãs a dezenas de colegas que, na frente da prefeitura, esperam carona para o campus. Não há transporte coletivo na cidade.
Para chegar até o campus, só de carona, de bicicleta ou moto. “Na volta até dá para vir a pé, a gente vem conversando, sem hora para chegar, mas são mais de 40 minutos”, diz Ana Paula. As três, que, mesmo quando o Valor as fotografava, não largavam os livros, pois era época de provas, contribuem com R$ 160 cada uma para a caixinha comum destinada ao aluguel de uma república com dois quartos, sala, cozinha e banheiro, mais alimentação e limpeza. Não há transporte e também não há restaurante universitário, nem quadra de esportes no campus. “As duas últimas questões terão solução até o ano que vem. Estou na reitoria há apenas 18 meses”, diz Natalino, 60 anos, médico nefrologista, maranhense de Cururupu, e doutor pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Já o transporte é problema da prefeitura que, como tudo na cidade, parece não ter muita consciência do que representa um campus universitário nas imediações.
Foto: acervo dos alunos da UFMA Chapadinha

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Bar do Léo Fecha em 48 horas

A maré não tá pra peixe e a noite não pertence mais aos boêmios. Depois da descoberta que precioso líquido anda freqüentado por indigestas criaturas aladas, vem a notícia que o Bar do Léo (foto), que funciona na Feira do Vinhais, em São Luis, vai fechar. Leiam matéria do jornalista Ricarte Almeida, que reproduzo abaixo.

É isso mesmo. O museu Musicultural "Bar do Léo", com todo o seu rico e significativo acervo da nossa cultura, em suas mais diversas áreas da produção artistica e cultural, tem apenas 48 horas para acabar.
Os imbecís que tomaram essa decisão não conseguem enxergar naquele espaço fabuloso, admirado no Maranhão, no Brasil e até no exterior, algo além de um mero bar. Por isso decretaram o fim do Bar do Léo.
Um lindo e aprazível espaço já visitado e reverenciado por figuras consagradas como Yamandú Costa, a dupla Zé da Velha e Sivério Pontes, Paulinho Pedra Azul, Severino Filho (d'Os Cariocas), Matheus Nachtergaele, Zeca Baleiro, Fagner, Nonato Luís, Turíbio Santos, Luís Nassif e tantos outros.
Leonildo Peixoto, o Léo, acaba de ser informado pelo advogado de sua cooperativa, que só lhe restam apenas 48 horas para desocupar o imóvel que ele tanto zelou e valorizou.
Se você não conhece o Bar do Léo, aproveite, corra, leve os amigos, os filhos, as pessoas que você mais ama. São Luís pode perder nas próximas horas, um dos mais respeitáveis espaços de fruição e deleite cultural.
Se você já o conhece, aproveite hoje, ou quem sabe amanhã, se ainda houver tempo, e se despeça de um dos mais interessantes espaços de vivência boêmio-cultural do país que você já encontrou. Se nada for feito pra impedir essa barbaridade, essa ignorância lapidar, a partir de sábado nem mel nem cabaça.
Adeus Bar do Léo.Por favor, passe essa notícia adiante, pros seus amigos, contatos nacionais, autoridades, enfim, o que você puder fazer.
Talvez, amanhã seja a última sexta feira do Bar do Léo. Vamos todos lá?

foto: do blog "Só blônicas"

A Brahma e a Barata que Desce Redondo

As fotos abaixo foram tiradas durante uma vistoria da Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiro e Ministério Público à fábrica da cervejaria Ambev, de São Luis, que foi imediatamente interditada. A foto acima, que motivou a investigação, foi tirada de garrafa adquirida por consumidor e mostra a presença de insetos em seu conteúdo. A contaminação foi confirmada por análises do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim).

Diante de tão parva constatação a Ambev, que fabrica as marcas Brahma, Antártica e Skol, fica na obrigação de esclarecer se esse é seu padrão de qualidade em nível nacional ou, se for esse o caso, explicar porque isso ocorre justamente no Maranhão.




Foto de cima: O Imparcial
Fotos de baixo: Imirante

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Câmara de São Luís Fixa Horário de Bares e Boates

Assim como o comércio informal de Chapadinha, o setor de diversões e entretenimento da Capital vinha sendo alvo da ação do Ministério Público. Publicamos, abaixo, em itálico, matéria do Imirante sobre a reação dos Vereadores de São Luis a respeito da controvertida Operação Manzuá. Depois voltamos comentando.

SÃO LUÍS - A Câmara Municipal de São Luís aprovou, nessa terça-feira (14), o projeto de lei 191/007, de autoria do vereador Augusto Serra (PV), fixando o horário de funcionamento para os estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas na capital maranhense.

As novas regras do projeto determinam que as casas de shows que não tem isolamento acústico (bares, traillers, quiosques) devem fechar às 3h da madrugada e as que possuem o isolamento (boates) podem funcionar até às 4h. As lojas de conveniências que comercializam bebidas alcoólicas terão que fechar às 2h e as que não vendem podem funcionar durante 24 horas.

Em entrevista à rádio Mirante AM, o vereador Augusto Serra disse que São Luís é uma cidade turística e em desenvolvimento. Na opinião do parlamentar, as ações da Operação Manzuá, que obriga o fechamento dos estabelecimentos às 2h da manhã são contrárias ao pensamento da sociedade.

- O projeto de lei nasceu da iniciativa popular. Ela foi elaborada para delimitar o conflito e a Câmara é órgão competente para intervir sobre a questão. - argumentou Augusto Serra.
O projeto de lei que fixa o horário de funcionamento dos estabelecimentos, votado em dois turnos, será encaminhado para sanção ou veto do prefeito João Castelo (PSDB).

Operação Manzuá
O promotor José Cláudio Cabral Marques, um dos responsáveis pela Operação Manzuá, disse, que embora desconheça o texto da lei, a Câmara Municipal de Vereadores de São Luís cumpriu o seu papel constitucional em regulamentar questões de interesse de São Luís.

Questionado sobre as críticas feitas pelo vereador Augusto Serra (PV), sobre a Operação Manzuá, o promotor preferiu não comentar sobre o assunto. Disse apenas que o Ministério Público é fiscal da lei e a tarefa de legislar é da Câmara Municipal. Na opinião de Cabral Marques, os vereadores esqueceram de dialogar com a Policia Civil e Militar sobre a repercussão da lei. Mas para o promotor a proposta da lei aprovada pelos vereadores se aproxima do pensamento da Operação Manzuá.

Cabral Marques afirmou que as ações desenvolvidas pelo Ministério Público foram exatamente para acelerar a votação da lei aprovada pela Câmara Municipal de São Luís. Ele concluiu ainda que a Operação Manzuá não tem prazo de validade e com a edição da nova lei irão direcionar os trabalhos para o espaço público e para a questão da poluição sonora.

Comentário Nosso:
Em sintonia com nossa opinião (veja post abaixo), as palavras do vereador Augusto Serra, autor da Lei, e do Promotor José Cláudio Cabral Marques não deixam dúvida de que, neste caso, assim como no de Chapadinha, o papel de estabelecer os limites, áreas e horários de funcionamento das atividades é das Câmaras de Vereadores. Desta forma, fica evidente que problemas, incompreensões e até exageros na atuação do Ministério Público como fiscal da lei, têm por causa a omissão do legislativo.

O Ganha-Pão e o Espaço Público

A Ação Civil Pública promovida pelo Ministério Público Estadual, acatada pela Juíza Andréa Lago, que determina à prefeitura de Chapadinha a retirada de camelôs, comerciantes informais, taxistas e mototaxistas ocupam irregularmente as áreas dos canteiros centrais de ruas e avenidas, assim como as praças da cidade, deve ser encarada de duas formas distintas.

Primeiro devemos combater a máxima de que decisão judicial não se discute. Decisão judicial deve ser cumprida de imediato, mas nada impede de serem debatidas em sua essência, principalmente no que toca às conseqüências sociais de sua aplicação.

No caso em questão temos um choque entre o uso das áreas comuns que não devem ser utilizadas de forma indiscriminada por particulares, privando a coletividade do livre uso destas e a questão sócio-econômica das pessoas que sobrevivem da exploração comercial do espaço urbano.

Na colisão entre o direito de uso das áreas e logradouros públicos por todos e o interesse em princípio particular do pequeno comerciante, a lógica recomenda a supremacia do primeiro em detrimento do segundo. Contudo, em se tratando de questão de emprego, renda e sobrevivência de famílias, o que seria de interesse particular acaba atingindo a todos que se entrelaçam na economia. Os efeitos adiante repercutirão em maior ou menor grau nos índices de violência e segurança pública.

Regular ou disciplinar o uso das áreas comuns da cidade é atividade precípua da municipalidade (aí incluindo Câmara e Prefeitura). Sem ferir o direito da coletividade, o município não só pode como tem a obrigação de dizer quais os limites de cada atividade nas vias.

Ao que parece, diante da falta de leis específicas, não coube outra coisas às autoridades judiciais a não ser determinar a ação. Agora resta aos comerciantes atingidos pela medida mobilizarem seus representantes na câmara municipal para a elaboração de lei de disciplinamento do setor com a participação da prefeitura.

“Chapadinhamente Nós” Realiza 7º Baile e Noite Cultural

Em sua sétima edição a festa do movimento “Chapadinhamente Nós” se consolida como um dos maiores eventos sociais e culturais da Região do Baixo Parnaíba.

A programação começa na sexta-feira, 17, com a celebração de uma missa em ação de graças, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores. Logo em seguida a Praça Coronel Luis Vieira vira palco de uma grande programação cultural com artistas locais, com destaque para o show de Ivandro Coelho acompanhado de músicos de São Luis e participação de George Lima.

Já no sábado acontecem jogos e confraternizações ao longo do dia como forma de manter o espírito do evento que foi criado para permitir o reencontro de amigos que moram longe com os que permanecem na Terra Natal.

Para encerrar, o movimento prepara o Baile “Noite de Encontros e Reencontros”, animado pela banda os “Dragões de Piripiri-PI”, no tradicional Aldeota Clube.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Situação da UFMA de Chapadinha é Assunto da Imprensa Nacional


Uma matéria do Jornal de Circulação nacional Valor Econômico fala da importância de uma universidade pública para uma região como a nossa e conta as dificuldades que o campus IV da Universidade Federal do Maranhão vem enfrentando em Chapadinha. A matéria, que publicamos no blog apenas a chamada de capa, é bastante extensa e inquietante, estará na íntegra na edição do jornal impresso Folha do Baixo Parnaíba que circula na próxima sexta.

No interior do Maranhão, a 252 quilômetros de São Luís e quase divisa com o Piauí, já seria um sucesso a experiência de interiorização do ensino superior realizada pelo governo federal, não fosse um detalhe: apenas 20% dos 150 hectares de um campus avançado da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), município de Chapadinha (foto), podem ser utilizados para aulas práticas de agronomia, zootecnia e ciências biológicas. O restante está ocupado por invasores.

E não são sem-terras. São pessoas de posses, dentista, advogado, comerciante e até um ex-sargento da Polícia Militar. A prefeitura doou o terreno para a Universidade em 1983. Ali funcionou uma escola de pedagogia que realizou apenas um vestibular, formou uma única turma e fechou as portas em 1986. Em 2006, quando o campus foi reaberto e transformado no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA), constatou-se que a própria prefeitura, em diversas gestões, autorizou a ocupação ilegal. Mesmo assim, o campus funciona com 406 alunos e 51 professores. Entre estes, 24 são doutores, o que faz de Chapadinha, proporcionalmente, a maior concentração de professores-doutores do Maranhão.

O diretor do campus, Jocélio Araújo, concorda que a vida tem poucos confortos na região, entre as de IDH mais baixo do Brasil. “Mas é por isso que estamos aqui, para a transformação”, diz.

Danúbia Participa de Marcha de Prefeitos em Brasília


A Prefeita Danúbia Carneiro juntamente com outros cerca de 40 prefeitos maranhenses, liderados pela Federação dos Municípios (Famem), estão em Brasília, onde participam da Marcha em Defesa dos Municípios. Além do presidente da entidade, Raimundo Lisboa (PDT), os prefeitos contam com o apoio do secretário de Coordenação Política do governo Roseana Sarney, Hildo Rocha.

O encontro de Brasília é organizado há mais de uma década pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e tem como ponto alto a mensagem do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) aos prefeitos de todo o país.

Ex-prefeito e ex-presidente da Famem, Hildo Rocha servirá como elo entre os prefeitos e os ministérios, auxiliado pelo chefe da representação maranhense em Brasília, Chiquinho Escórcio, ele próprio um municipalista.

Além dos encontros oficiais da Marcha, onde tentará trazer recursos e programas junto a autoridades do governo federal, Danúbia e outros prefeitos ainda serão recebidos em audiências com membros da bancada maranhense. A marcha termina na próxima quinta-feira, com um balanço das conquistas municipalistas apresentadas pelos presidentes de federações e pela CNM.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Isaías Sofre Nova Condenação pelo TCU


Depois de ter a Fundação que leva o nome de sua esposa envolvida com saques irregulares de verbas do governo do estado, agora foi TCU que impôs um novo revés ao ex-prefeito Isaías Fortes.

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Isaías Fortes de Meneses, ex-prefeito de Chapadinha, ao pagamento de R$ 522.220,15, valor atualizado, por irregularidades na utilização de recursos repassados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao município. A verba deveria ser utilizada na implantação de sistema de abastecimento de água nos bairros Areal, Terras Duras e Cruz, porém a obra não foi totalmente concluída.

Entre as irregularidades encontradas foi verificado que a caixa d’água de 15 mil litros foi trocada por uma de 5 mil, não foram construídos os banheiros e as lavanderias e os motores não foram colocados no local.

Além disso, no Bairro da Cruz não foi realizado nenhum serviço de abastecimento de água.O ex-prefeito ainda foi multado em R$ 7 mil. O TCU autorizou a cobrança judicial das dívidas. Cabe recurso da decisão. Cópia da documentação foi encaminhada à Procuradoria da República no Maranhão para ajuizamento das ações cabíveis. O ministro Augusto Sherman foi o relator do processo.

Com informaçõesdo Tribunal de Contas da União

sábado, 11 de julho de 2009

A Farra das Viaturas


Contrariando orientação do novo governo, gestores recém nomeados têm utilizado veículos oficiais como se suas propriedades particulares fossem. Em alguns casos as viaturas são guiadas e usadas por familiares, em atividades alheias ao serviço público, em outros, os carros são entregues a pessoas sem vínculo funcional com o estado, em detrimento de motoristas concursados que ficam ociosos. A Controladoria Geral do Estado estaria, por isso, de olho na Região de Chapadinha.
Imagem meramente ilustrativa

Escolas do Estado Têm Problemas de Prestação de Contas


Em visita pelas Unidades Regionais de Educação, o secretário César Pires tem constatado problemas nas prestações de contas das escolas. Entre 70 e 30% dos diretores de escola, dependendo da região, estão inadimplentes.

O último encontro foi quinta-feira (9), em Chapadinha (veja post abaixo). Na ocasião Pires reiterou cobrança para mudança de postura. Além de Chapadinha, o programa que recebe o nome de SEDUC Itinerante, foi realizado nas regionais de Itapecuru-Mirim, Rosário. A próxima etapa será em Codó.

A medir pelos comentários envolvendo supostos desvios praticados por ex-gestores da Regional e diretores no programa Dinheiro Direto na Escola, César Pires vai ter muito trabalho pela frente.

Com Informações de Marcos Déça e Foto da Secom

Caravana Seduc Itinerante realiza encontro em Chapadinha


Temas como calendário escolar, planejamento pedagógico, plano emergencial para a reconstrução e reforma das escolas atingidas pelas enchentes e preparação dos alunos da rede estadual para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram os principais assuntos discutidos no encontro do programa Seduc Itinerante, realizado quinta-feira (9) em Chapadinha. O evento contou com a participação do secretário estadual de Educação, César Pires, dos gestores dos diversos setores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e dos diretores e professores da Unidade Regional de Educação (URE) de Chapadinha.

O deslocamento do grupo administrativo da Seduc às cidades do interior do Estado tem a finalidade de construir um novo modelo de gestão educacional, baseado na aproximação com diretores e corpo docente das unidades escolares dos municípios.

"Esta é uma maneira inovadora de fazer educação no Estado, em que o Governo está voltado para a qualidade do ensino na sala de aula. Mas para que tenhamos resultados concretos é preciso que os gestores educacionais tenham comprometimento com a causa. Estamos aqui para motivá-los a isso", sintetizou o secretário.

Um dos principais temas em discussão na reunião foram as avaliações feitas pelo Ministério da Educação (MEC), com destaque para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A secretária-adjunta de ensino, Graça Tajra, apontou que são necessárias as mudanças no planejamento da educação para que o Estado tenha resultados positivos no exame.

"Iremos articular até a próxima semana, no máximo, a vinda de profissionais da educação capacitados para orientar os professores desta região a desenvolver e trabalhar questões similares às que são aplicadas na prova do Enem. Está na hora de a educação no Maranhão crescer, e para isso precisamos parar de fazer críticas e começar a agir", anunciou César Pires. Ele afirmou ainda que após a divulgação do resultado do ENEM, retornará à cidade para fazer o comparativo dos resultados de 2008 e 2009.

Ao final do encontro, os diretores de escolas se manifestaram sobre assuntos diversos. Parte das reivindicações apresentadas por eles foram atendidas de imediato pelos supervisores e superintendentes da Seduc. As demais pendências foram encaminhadas para os setores específicos. "Foi extremamente proveitoso para nós. Nunca tivemos a oportunidade de conversar aberta e diretamente com o secretário de Educação do estado. Certamente excelentes frutos serão colhidos em decorrência desse encontro", finalizou a gestora do Centro de Ensino Cônego Nestor Cunha (município de Santa Quitéria), Solange Fontineli Carvalho.

A URE de Chapadinha tem 34 escolas, e cerca de 70 gestores, técnicos e professores estavam presentes no encontro. As reuniões do Seduc Itinerante já foram realizadas nas UREs de Itapecuru-Mirim e de Rosário. Também estão previstos encontros semelhantes com as equipes de Caxias, Codó, Balsas, Bacabal, Imperatriz, São João dos Patos, Pinheiro e Viana.
Fotos e Informações: Secom

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Próxima novela da Globo mostra pólos turísticos do Maranhão


Comeram nesta sexta-feira (10) as gravações da novela Pelo Avesso, que deve substituir Paraíso, produzida e exibida pela rede Globo no horário das 18h. A novela, que tem estréia prevista para o dia 28 de setembro de 2009, é a terceira super produção da emissora gravada no Maranhão que mostra as potencialidades da capital maranhense, o Pólo dos Lençóis e agora a Chapada das Mesas (foto).

“Sem dúvida essa é mais uma oportunidade de lançarmos o Maranhão nas rotas de turismo do Brasil e do mundo, mostrando as belezas naturais dos pólos turísticos do estado” explica o Secretário Estadual de Turismo, Tadeu Palácio.

As gravações serão realizadas primeiramente nos Lençóis Maranhenses. Na próxima semana novas cenas devem ser gravadas em São Luís e finalmente na Chapada das Mesas.

Pelo Avesso traz no elenco, além do ator Marcos Palmeira como protagonista, atores consagrados como Isabela Garcia, Paola Oliveira, Camila Pitanga, Heloísa Perissé e Carmo Dalla Vecchia. A novela, que está sendo escrita por Telma Guedes e Duca Rachid, com supervisão de João Emanuel Carneiro, tem direção de Ricardo Waddington e conta ainda com uma equipe formada por cerca de 80 pessoas entre técnicos e produção.
Informações: Secom e Setur

Preferência Mundial




quarta-feira, 8 de julho de 2009

Senado Regulamenta Mototaxistas

O Plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (8), projeto substitutivo ao PLS 203/2001, apresentado há oito anos pelo então senador Mauro Miranda (PMDB-GO), que regulamenta as atividades de mototaxista, motoboy e do profissional em serviço de comunidade de rua (moto-vigia). O funcionamento desses serviços, entretanto, dependerá de autorização do poder público em cada município. A matéria vai à sanção do Presidente da República.

Para exercer a profissão, o motoboy, mototaxista ou motovigia terá de ter 21 anos completos; dois anos como condutor ou condutora de motocicleta; e habilitação em curso especializado, a ser regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Do motovigia, especificamente, serão exigidos documentos usuais como carteira de identidade, atestado de residência e certidões negativas de varas criminais.

Do ponto de vista da segurança, os profissionais deverão trabalhar vestindo colete dotado de refletores. No caso dos veículos destinados ao moto-frete (conduzidos pelos motoboys), a lei exigirá a instalação de equipamentos de segurança como os mata-cachorros e as antenas corta-pipas, que deverão ser inspecionados semestralmente, além de identificação especial. Caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) fiscalizar as normas de segurança.

Depois da sanção presidencial, não haverá mais entraves legais e os mototaxistas chapadinhenses poderão ser livremente regulamentados pelo Departamento Municipal de Trânsito.

Com Informações da Agencia Senado

PEC dos Vereadores Avança na Câmara Federal


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara Federal aprovou, ontem (7) a PEC dos Vereadores. A proposta, que ainda precisa ser aprovada em plenário, eleva a quantidade de vereadores, dos atuais 51.748 para 59.791, além de criar 24 faixas de composição das câmaras municipais, dependendo do tamanho da população. Neste caso, a Câmara Municipal de Chapadinha deve ter mais 5 vereadores além dos 10 atuais.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Vereador Marcelo Ameaça Adversários


Como resposta às críticas que sua família vem recebendo o vereador Marcelo Meneses-PSDB (foto) tem usado a tribuna da Câmara para fazer discursos duros contra adversários e setores da imprensa.

O líder da oposição, que em seus pronunciamentos alternava revolta com a decisão do TSE que anulou a eleição de seu pai com denúncias de corrupção no governo de Danúbia, passou a fazer ameaças explicitas contra a prefeita e críticos de Isaías.

Na sessão do dia 22, a Folha do Baixo Parnaíba teve acesso por meio de áudio colhido pelos microfones do sistema Mirante, o parlamentar disse que não vai mais aceitar críticas a seus familiares. “Meu comportamento até agora tá normal, totalmente ‘equilíbrio’. Eu vou ficar agora desequilibrado pra ver o que é que vai dá. Na hora que eu fizer uma desgraça com um na Chapadinha, ai quero ver se melhora”, disse o vereador.

Ainda na sessão de segunda-feira, 22 de junho, Marcelo solicitou a intervenção da Câmara e de vereadores da base governista para aconselharem a prefeita a não tocar no nome de seus pais: “peço a esta Casa que mande ela (Danúbia) largar o nome do meu pai de mão pelo amor de Deus. Porque eu não vou mais aceitar isso. Eu não agüento mais isso. Eu não vou mais aceitar que falem de meu pai e minha mãe. Eu vou agir agora de forma grosseira e não vou agir por delegacia ou justiça não. Eu vou agir de minha forma”, declarou o vereador da tribuna do legislativo municipal.

No dia 25, quando as contas de Isaías já haviam sido reprovadas, Marcelo ampliou o foco e incluiu outros adversários em seus avisos: ...“nós ganhamos a eleição e ainda tem um bando de gente debochando ai. Agora quero pegar um debochando de mim que vai apanhar. Pode ser quem for que vai apanhar. Olhar pra mim e debochar apanha. Eu quero pegar um debochador desses. Eu tô rezando que eu pegue um desses ai porque o que eu quero fazer ainda não fiz, mas vou fazer. Estou só esperando a hora certa pra fazer”, finalizou em tom ainda mais ameaçador o parlamentar.
Os pronunciamentos tiveram forte repercussão no meio político e na mídia locais. O programa “Direto ao Assunto” da Mirante AM colocou trechos dos discursos de Marcelo. Vereadores preferiram não comentar o assunto e a prefeita Danúbia ainda não se manifestou sobre o fato. Já entre adversários o clima é de apreensão, uma vez que o vereador Marcelo tem histórico de violência contra críticos da postura política e administrativa de seus familiares. Nesse sentido, lembram os adversário que em 1998 o advogado Delmar Carneiro Júnior foi agredido em praça pública, sem chance de defesa pelo vereador como indício de que as ameaças de Marcelo devam mesmo ser levadas a sério.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Política do Tempo Não Para


Embora as normas eleitorais estabeleçam no Brasil mandatos com duração de 4 anos, temos um intervalo de 2 anos entre uma eleição e outra. Num biênio elegemos prefeitos e vereadores no outro deputados, senadores, governadores e presidente. Há inúmeros questionamentos quanto a necessidades de pleitos em tão curto espaço de tempo e a idéia de concentrar todos no que em eleições gerais parece uma boa iniciativa.

Já quanto à questão das campanhas e do marketing que tem norteado as batalhas eleitorais temos de um lado a tendência de adiar as ações de campanha mais visíveis para a reta final, ao entorno de 60 dias do dia de votação.

Inegavelmente há estreita ligação entre mandatos e campanha eleitoral. Assim determinado grupo esforça-se em vencer as eleições municipais para ampliar ou manter força em nível estadual; do mesmo modo o pleito estadual serve às necessidades locais.

Dessa relação entre mandatos municipais e estaduais e da visibilidade dos agentes criou-se o que se chama de "Campanha Permanente". Afinal, se notório o liame entre os citados pleitos para os grupos, o desempenho administrativo tem ai importância capital.

Neste contexto, embora nem todos os eleitores percebam claramente, o que existe é sempre um projeto de poder que corre ao lado das eleições. Isso tudo exige dos partidos e dos administradores cuidados especiais com seus mandatos e dos grupos esforços de colaboração com os gestores.

Se o candidato deve ser preocupar com sua atitude pessoal, planejamento das ações da campanha futura e com a comunicação com os indivíduos como eleitores. Para determinado governo cumprir seu papel político, no sentido eleitoral futuro, deve estar dizendo o que faz ou vai fazer, e isso não se reduz às ações de publicidade de governo (marketing institucional) ou em divulgar pela mídia suas realizações. Trata antes de tudo de estabelecer metas que a população perceba o esforço e comemore junto as conquistas porque os eleitores não esperam o final de um governo para julgá-lo. O tempo não para.

Danúbia Inaugura Praça e Recebe Governador na Quinta


A prefeita Danúbia Carneiro recebe amanhã (02) a visita do Governador João Alberto para juntos inaugurarem a Praça Irineu Veras Galvão. A solenidade está prevista para iniciar às 17 horas. Além da Praça de Eventos João Alberto participa, ao lado de Danúbia e do ex-prefeito Magno Bacelar, da inauguração do prédio do Instituto de Previdência de Chapadinha (IPC) - que fica nos fundos da prefeitura - e da nova sede da Secretaria de Educação do Município, localizada na Praça Coronel Luis Vieira, onde funcionou a Justiça do Trabalho.

A entrega da Praça Irineu Galvão, inicialmente marcada para 20 de junho, foi adiada, segundo a prefeita, porque naquela data ainda faltavam alguns detalhes no acabamento da obra e o engenheiro responsável recomendou que deixassem a inauguração somente para quando tudo estivesse definitivamente pronto e também porque a presença do governador em exercício, João Alberto, não seria possível naquele momento.

Em sua visita por Chapadinha o governador também participa de uma sessão solene na Câmara Municipal e de um jantar oferecido pela prefeita Danúbia no Parque Torres do Sol.
Já a festa popular começa ás 21 horas com as bandas Reprise e Tropykália, além do sorteio de vários prêmios.
Fotos: Folha do Baixo Parnaíba e SECOM