Aliados de Maranhãozinho na mídia venderam
a ilusão de que o depoimento do ex-prefeito Eudes Sampaio durante audiência no
Supremo Tribunal Federal (STF), teria alterado "o curso das investigações
sobre um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares" e estaria
prestes a inocentar Josimar, Gil, Bosco e toda a organização foi acusada pela PGR
depois de minuciosa investigação da PF.
Quem já olhou o processo sabe que não
tem nada mais enganoso que acreditar no depoimento de Eudes como salvador dos
destinos de Josimar. Na denúncia original Eudes não acusou Josimar de extorsão,
sempre deixou claro que esse papel cabia a Pacovan que era intermediário do
esquema denunciado. Deste ponto de partida veio a confirmação de que as emendas
eram dos parlamentares citados e todas as provas que incluem até interceptação
de mensagens e riqueza de detalhes das operações.
No mesmo depoimento - que não é novo,
Eudes declara que era assediado por Josimar a ponto de bloquear seu número,
veja a pergunta do MP e a resposta do Eudes como testemunha do caso:
"MINISTÉRIO PÚBLICO - O senhor
sabe se o Pacovan tinha algum tipo de relacionamento, alguma proximidade com os
deputados, com o Josimar Maranhãozinho, com o Bosco Costa ou com o pastor Gil?
TESTEMUNHA (Eudes)- Não, eu já lhe
respondi. Eu não sei, porque eu não conhecia o Josimar Maranhãozinho. Eu não
tinha contato com ele. Ele me mandava mensagem e eu bloqueava, eu nem abria a
mensagem, porque eu não queria ter vínculo nenhum com ele. Aí eu bloqueava, ele
mandava de outro telefone, eu bloqueava. Eu só olhava na tela preta, quando eu
via que era ele, eu desligava.
Josimar, que tinha sobre o então prefeito
Eudes tanto interesse que chegou a ser bloqueado, é o primeiro de cerca de 80
deputados suspeitos de desvio com base em emendas com processo em fase final, tentar colocar toda a culpa
em um agiota morto, só cola se o STF topar assumir pra ele uma absolvição que
seria mais escandalosa que os desvios bilionários.
Vamos ver o que acontece.
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