O Fim do Mundo?
Não vivemos exatamente no lugar mais rico e belo do mundo. Chapadinha tem problemas iguais a tantas outras cidades do Maranhão e do Brasil. Mazelas que, por serem comuns, não devem ser encaradas como fatalidade, como destino inafastável. Daí a achar que vivemos num antro de prostituição, que a quase totalidade dos jovens está entregue às drogas é um exagero que beira a insanidade.
Combater o governo é direito de quem dele discorda e fiscalizar suas ações é obrigação destes, contudo tornar as dificuldades estruturais que existem de norte a sul do País como sendo restrito ao nosso município é um erro que não consegue sequer gerar mal entendido entre cidadãos e gestores.
Basta uma simples olhada nos jornais Brasil a fora para se constatar que deficiências na área da saúde, educação e segurança não são privativas de Chapadinha. De São Paulo a Belém do Pára, que tiveram administrações no campo da esquerda, por exemplo, os indicadores nem por isso tão melhores que aqui. O que explica isso¿ corrupção e má gestão¿ em parte talvez. Mas, temos as questões conjunturais, relativas aos percalços de uma economia nacional em desenvolvimento. Uma nação como o Brasil, 76ª no ranking da educação 72ª no de desenvolvimento humano, não pode ter só cidades com os padrões suíços.
A mordacidade de certos discursos acalentam vaidades, mas não constroem a oposição propositiva indispensável para o surgimento de um município melhor e relegam à idéia derrotista de que não nada a fazer além de criticar a quase todos.
* Editorial da Folha de Chapadinha de 30 de maio de 2008.
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