quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mais uma Palavra Contra a Satanização da Crítica


Pelo que tenho visto nos blogs e periódicos da Igreja, meus textos têm, com efeito, deixado os padres de Chapadinha bastante nervosos. Tanto que tenho merecido algumas linhas do intelectual mais jactado da paróquia, que deixou o hermetismo de lado, desceu do salto e perdeu a elegância no último post.

Entre consideração de cretino, mudança de palanque e esquecimento de ilustre currículo de lutas, meu “estado de graça de tantas contradições”, virou ataque a guisa de defesa. Chagaram atrasados, porque tirante os insultos – que disso nem estes foram capazes, vossos novos aliados da Boa Vista já tentaram o mesmo sem sucesso.

Nesse caminho perderam a compostura na parte das “matrículas em cursos universitários” tentando imputar fato anterior, às miríades de benesses inquisitorialmente atribuídas. Poderia, pelo que me permite nosso breve, porém prazeroso convívio, revidar no campo pessoal essa intromissão, mas não recorro a leviandades e o que interessa é o debate público.

Do ponto de vista do debate público o que lhes desconcertam é a difícil coexistência entre a reserva moral pretendida e aceitação atávica de pequenos favores dos que acusam de corruptos.

No Boletim da Paróquia do dia 27/12, por exemplo, no espaço informativo item 9, revelam que o transmissor da Canção Nova fora levado a São Luis para que se ajuste ao Canal 9 que pertence à prefeitura. Ponto em que se pergunta aos que tanto cobram transparência: quem teria levado o transmissor?

Seria estritamente legal a utilização da prefeitura (membro federativo do Estado Laico, cláusula pétrea da Constituição) para fazer proselitismo religioso? Podem eles negar categoricamente que um pecuarista “fazedor de política”, como católico ou “catoliquinho”, tenha ofertado bois e outros bens para sorteios de final de festejos?

Não imputei crime a ninguém apenas não aceito a satanização dos críticos como resposta ao desnudar de transigências e concessões humanas que todos fazemos – inclusive eles.

5 comentários:

perkins disse...

Nao defendo os padres, mas fico me perguntando, o que vão fazer em relaçao ao prédio da band, pois lá poderia ser alguma secretaria da prefeitura. será que vão esperar que tomem esse patrimonio do municipio? existem outras coisas a se preocupar o padre tem razão.

Alexandre Pinheiro disse...

Seu comentário foi muito oportuno porque chama atenção para a defesa daquele patrimônio público – de que já tratei não faz muito tempo – e na constatação (que compartilho) de que os padres têm razão em muita coisa. O que não me tira o direito discordar quando for o caso. Obrigado e Abraço!!!!

Daniel da Silva Viana disse...

Sou Chapadinhense e católico, entretanto estou morando em Goiânia, e sinceramente, sou muito mais que insastisfeito, com o coronelismo político que existe dentro de nosso município, esses usurpadores apenas brincam e fazem de nossa população marionete, levando-me a questionar a capacidade de pensar dessas pessoas será tão difícil perceber o descaso que se ocorre em nossa cidade? Essa senhora que aí está no poder, que tudo prometeu, mas que nada faz deveria sentir-se envergonhada em publicar nos meus de comunicação a suposta realização de pavimentação asfáltica em alguns metros das ruas de Chapadinha, sendo que as placas que indicava de realização destas obras já estavam estavam fixadas desde quando ainda morava aí (Estou em goiânia a 3 meses e meio).
É! mas talvez este comentário seja Censurado e nem chegue até os leitore, assim como já comentei em outros blog e tmbm não deu em nada!

Alexandre Pinheiro disse...

Mesmo faltando alguns dados para identificação do autor, publiquei o comentário como forma de fomentar debates. Neste blog nenhum comentário que venha com críticas em termos aceitáveis será descartado. Entraremos no assunto em breve. Agradeço a participação.

Daniel da Silva Viana disse...

Obrigado Alexandre, por ter publicado meu comentário, meu nome é Daniel da Silva Viana. Desculpe é que não me dei conta que estava logado como grupo de evangelização.
Mas aqui estou me indentificando.
Abraços