sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Show de Confissões de Marcelo e Cia



Vou publicar (em itálico) o inteiro teor da tréplica do vereador Marcelo e comento abaixo de cada um dos parágrafos. Peço, antes, um favor aos leitores: que sejam compreensivos. Que usem de tolerância para com os incapazes, com as asneiras do autor seja ele quem for.

A vida é sempre recheada de contradições. Quando um individuo não domina determinada tarefa não custa nada pedir ajuda, seja ela voluntária ou paga, isto até ontem se chamava assessoria porem a partir de hoje na visão do bobo da corte, que antes era candidato a rei momo, passa a ser psicografia.”

Bingo! Como não existe método de alfabetização de adultos tão rápido, o parágrafo admite que a expressão textual do vereador depende de assessoria ou de ajuda dos universitários como no programa do Silvio Santos. O problema é que o escritor fantasma demonstra mais raiva de mim do que o chefe e expõe o vereador, porque me ataca no subsolo e oferece o telhado de vidro da vida pública do parlamentar e família ao meu dispor para o revide. Haja desproporção! Vamos adiante.

“É muito fácil afirmar que não roubou urnas, que não tem processo, que não é violento. Na verdade nunca teve oportunidade de fazer nada disso, pois quando se deseja conhecer um homem basta dar a ele poder.”

Show de confissão! Não precisava tanto! Difícil mesmo é negar roubo, processos e violência quando tudo é de conhecimento público. O poder já lhes foi dado (ou usurpado) e o que fizeram taí dito por vós. Sem mais comentários!
“O grande jornalista Alexandre Pinheiro que no seu perfil usa muito o verbo no passado dizendo foi, foi.... Hoje não é nada. Perdeu a dignidade, a decência, a barriga a independência e sabe lá Deus o que mais.”
Agradeço a distinção do grande. Quanto ao que eu fui e sou na vida profissional posso dizer que tenho um ofício, estou em vias de obter outra formação que por mais nobre não me dará direito de me achar melhor nem mais completo que ninguém. Por isso, para além do temporário mandato, pergunto - qual é mesmo a profissão do meu ilustre oponente?

Noto sistemática preocupação com minha aparência física. Hum!!! Sei não! Essa inquietação é, latu sensu, revelação psicológica.

“Ao assumir o SBT recusou-se a devolver o prédio no final do contrato, somente devolvendo quando percebeu que seria despejado pela justiça.”

Aqui abro parênteses para explicar que apenas forcei que uma lide comercial fosse deliberada pela via correta do judiciário. Qual o problema? Vamos adiante que o que segue tem a ver com o tema de vida em sociedade, urbanidade e boa educação.

“Não deve falar de quem agrediu um provocador que não se garantia na hora do pega pra capar.”

O ”agredir” acima é agredir mesmo. No exato significado de acometer, assaltar, atacar. Poderia ter usado “brigar” no sentido de lutar e combater braço a braço, mas a memória inconsciente da covardia não deixa. Neste ponto retomo o parágrafo anterior. Se tivesse procurado resolver a divergência pelo caminho da civilidade, teria buscado a justiça e processado o “provocador”. Mas... essa é uma vereda mais que estreita para pés trogloditas. Prossigamos.
“A sua grande magoa é ter perdido, com seu pai, uma eleição quando tinha a máquina administrativa na mão, porem não é chorando que se dar o troco.”

Há aqui uma inversão de lacrimejo. Quem é hoje o carpideiro da decisão que a corte máxima da nação proferiu contra seu pai por contas irregulares? Ademais, fosse aquela vitória tão limpa não seria necessário o roubo de urnas tão vivo na memória de todos e confessado acima. Isso sim é usurpação bandoleira da vontade do povo.

"Vá a luta deixe de ser subserviente e mercenário você pode conquistar o seu espaço. Na sombra do nota zero todas as lideranças do passado já desapareceram e você que ainda nem é liderança não tem a menor chance."

O final não poderia ser melhor pra definir as aparências e os ocultos do que pensam sobre mim. Não necessito tanto pra afirmar o valor e o espaço que tenho. Vocês mesmos reconhecem que posso ir mais além. Obrigado! Levantam, também, um debate interessante sobre as lideranças do passado. Mandaram bem, trato disso depois, incluindo o que penso sobre os estertores políticos do Sr. Isaías Fortes. Quanto ao mercenário, deixo como resposta, o tempo que mandavam e desmandavam como símbolo de todos os governos federal, estaduais e municipais infames que combati e o histórico de vossas firmas laranjas, fundações fraudulentas e suas relações de vassalagem até com o Magno Bacelar (as escondidas é claro!) quando tem algum numerário envolvido.

Um comentário:

Ivanildo Lima disse...

É pra morrer de rir. Já não observo mais as trocas de farpas, pois não só aí em Chapadinha (terra da qual sou filho) acontecem atrocidades como as descritas acima. Aqui também, em Brasília, o lugar onde supõe-se, deveria estar livre de tais pragas, o mesmo ocorre (em maiores proporções, inclusive). O que me prende a atenção é a forma como nossos "writers" colocam expõem seus pensamentos. Que pena! A galera que usa msn e afins (sem generalizar) continua sem o hábito da leitura. Dá-lhe Chapadinha!


Ivanildo Lima
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