Secretário Aluízio, Paulo Neto e Prefeita Carmem |
Pela proximidade entre os políticos
de Mata Roma e Anapurus com a prefeita de Chapadinha Ducilente Belezinha já se
esperava alguma relação entre empresas mencionadas pela reportagem do
Fantástico que escancarou um escandaloso esquema de firmas laranjas e empresas fantasmas,
mas o blog encontrou muito mais do que isso.
Levantamentos na prestação de contas de
Chapadinha e no Diário Oficial do Estado apontam que a prefeitura manteve contratos
com valor acima de 3,7 milhões de reais com pelo menos duas empresas citadas no
Fantástico.
"Dona" da Santa Margarida ao Lado de Paulo Neto |
Prédio da Construtora Sta Margarida |
Apareceu a Margarida (R$
3.216.120,15 em Chapadinha)
A Santa Margarida que o Fantástico
desconfiou da capacidade de executar serviços de construção civil por suas
modestas instalações e cuja proprietária Rejânia Maria Pinheiro dos Santos, se
recusou a falar com a reportagem, ganhou três licitações em Chapadinha. A primeira
no valor de R$ 1.487.300,00 para melhoramentos de caminhos de acesso junto a
secretaria de obras, em 6 de maio de 2013. Outras duas os recursos seriam fruto
de convênios e se referem a perfuração de poços artesianos nos valores de R$
993.083,33 (em 25 de abril de 2014) e R$ 735.736,82 (na data de 23 de abril de
2014).
Santa Margarida: Três Licitações no Valor de 3,2 Milhões |
Sem Endereço: Premiada Premier
Se a equipe do Fantástico duvidou da
capacidade da Santa Margarida, por funcionar numa casa de porta e
janela, imagine o que não diria se soubesse que outra empresa bastante ativa no
esquema, a Premier, não funciona no endereço que consta de seu contrato social
e notas fiscais. A Premier, que tem como proprietário (ao menos no papel) Javé
Ferreira da Costa Lima, que de acordo com o Fantástico seria operário
concursado da Caema, aquele que saiu de moto, em disparada para não falar com a
reportagem da Globo – foi contratada em 2013 pela prefeitura de Chapadinha,
para realizar serviços de meio fios, sarjetas e calcamento pelo valor de R$
580.000,00.
Javé: Operário/empresário Fugindo do Fantástico |
Premier: R$ 580 mil em sarjeta e meio fio |
Nossa equipe de reportagem esteve em
Mata Roma e percorreu a rua Hildenes Garreto de ponta a ponta e não encontrou a
sede da Empresa Premier. O número mais perto do endereço declarado (Hildenes
Garreto, nº 01) é 225, que não parece abrigar uma construtora de gabarito.
Rua Hildenes Garreto: Premier Não Encontrada |
A Premier seria N° 01 a primeira casa da Rua é a 225 |
Obras Onde?
Apesar de constarem nas prestações de contas, notas de empenho e diários oficiais (no papel) os gastos da prefeitura são alvo de indagações e denúncias. Desde 2013, vereadores, imprensa e entidades sociais indagam onde tais obras foram efetivamente feitas em Chapadinha. No caso das sarjetas e meios fios a prefeitura, em setembro de 2013, chegou a apresentar gasto de R$ 286.680,00 (relembre) e questionada, depois negou, dizendo que os gastos elencados por equívoco como sendo calçamento teriam sido aplicados como roço lateral em estradas do interior (reveja). Vereadores de oposição denunciaram, no período, obras fantasmas e possível ocorrência de notas frias.
Apesar de constarem nas prestações de contas, notas de empenho e diários oficiais (no papel) os gastos da prefeitura são alvo de indagações e denúncias. Desde 2013, vereadores, imprensa e entidades sociais indagam onde tais obras foram efetivamente feitas em Chapadinha. No caso das sarjetas e meios fios a prefeitura, em setembro de 2013, chegou a apresentar gasto de R$ 286.680,00 (relembre) e questionada, depois negou, dizendo que os gastos elencados por equívoco como sendo calçamento teriam sido aplicados como roço lateral em estradas do interior (reveja). Vereadores de oposição denunciaram, no período, obras fantasmas e possível ocorrência de notas frias.
Prefeitura Admitiu Ter Pago R$ 1.800.000,00
e Diz Que Vai Cancelar Contratos com Santa Margarida
A prefeitura de Chapadinha, por meio
do secretário William Fernandes (Comunicação) assumiu ter gasto R$ 1.800.000,00
com as duas empresas suspeitas, sendo que segundo alegam, os pagamento à Premier
foram pouco superior a R$ 100 mil porque o município não teve recursos para
pagar os R$ 580.00,00, que o contrato se encerrou em dezembro 2013 e que as
obras executadas foram de operação tapa buraco, mas não citou as ruas atendidas.
Sobre a Santa Margarida, a prefeitura
diz que ela ganhou licitações normais, aberta a todos e que “à época a empresa
não tinha essa conotação e não compete ao município acompanhar e fiscalizar
documentos de empresas fora do âmbito da prefeitura”, disse William, em nome do
secretário de Obras Aluízio Santos.
Ainda de acordo com a prefeitura poços
nas localidades Loloya, Riacho Grande e Barro Branco já foram executados. “Todos
os poços estão furados, revestidos e limpos; um deles já está com a estrutura”
relatou sem deixar claro se já estariam em funcionamento.
A prefeitura também declarou já haver
determinado cancelamento dos contratos com a Santa Margarida. “Baseada em fatos
recentes divulgados no noticiário local e estadual, (a prefeitura) acionou a
Controladoria e Assessoria Jurídica e já está terminando o processo de
distrato, para abrir nova licitação em busca de nova empresa”, finalizou.
Um comentário:
Enquanto isso os contratados de Mata Roma e Anapurus estão com um tempo sem receber,só trabalhando sem receber.
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