A política de Chapadinha é sacudida hoje por um enredo tão artificial, fora de propósito e repleto de intrigas de
esgoto que talvez fosse mais prudente não comentar. Mas, deixando a parte repugnante
de lado, o pano de fundo de suposta mudança em determinada pasta para
acomodação política e a reação inadequada de membros do próprio governo,
merecem algumas considerações.
Por mais que isso possa amuar egos,
as acomodações políticas, as aberturas de espaço em governos sempre estiveram entre
as regras mais lógicas da política. Quem governa e quer ampliar a base abre vaga
e quem tá na oposição faz promessas para as mesmas vagas com idêntico objetivo.
No que toca a alterações na
composição do governo, minha posição na equipe permite afirmar que não há
planos para agora, mas minha vivência em política me autoriza cravar com
certeza absoluta que o prefeito e o grupo precisarão promover mudanças para o
sucesso de 2020 e nenhum secretário (incluindo este que vos escreve) deve se achar intocável ou mais importante que o grupo como um todo.
Como também recomendam os manuais de
boa governança, as trocas de comando precisam ser bem refletidas e conduzidas
da forma menos traumática possível. O que parece fora de tom é: sem saber ao
certo se existe algo além de boatos, ficarem uns jogando secretário(a) para
peitar prefeito e outros lançando campanha ofensiva contra potencial aliado de
peso, fazendo jogo da oposição.
Afinal, quem aceita o bônus de receber
cargo político, deve ter por natural a entrega do posto temporário, pois, do
contrário, quando a permanência vira luta de vale tudo, a primeira vítima é a velha
confiança que lá atrás motivou a nomeação.
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