Há pouco mais de três anos, fiz uma
aposta intuitiva e parece que acertei. Recém nomeada sem graduação na área
médica, sem outras experiências ou apadrinhamento de grupos políticos e de
família humilde, a secretária Mônica Pontes foi muito atacada por dentro e por
fora do governo foi quando disse: “A Saúde Pública tem problemas complexos no
Brasil inteiro, há decisões equivocadas, a autonomia é limitada e muitas
mazelas ainda aparecerão por aqui, mas a forma como a secretária Mônica tem
encarado o desafio nos dá esperança na mesma medida em que derruba preconceitos
e exalta o esforço dos humildes”, escrevi, em julho de 2017.
Agora, prestes a entregar a pasta
para disputar cargo eletivo, Mônica é de longe a secretária melhor avaliada do
governo Magno e sua receita foi exatamente a simplicidade. Sem negar os
problemas ou colocar culpa em terceiros, bem articulada com o prefeito Magno,
Mônica ampliou a rede e melhorou os serviços ao ponto de transformar o “Calcanhar
de Aquiles” do passado em vitrine da gestão.
Se o poder do cargo transitório
subia à cabeça de alguns, Mônica mais reforçava a humildade: nunca criou ou tomou parte em intrigas ou conspirações internas, jamais tentou emparedar o prefeito pra ficar
no cargo e (na parte que mais me toca) de forma alguma buscou a mídia e a
comunicação oficial justificar fracassos, para ocultar mazelas ou para se promover
pessoalmente.
Enquanto o padrão medíocre procura
mostrar serviço apenas para o prefeito como sustentação de cargo, há quem
trabalhe pela melhoria dos serviços para o povo e Mônica Pontes é uma destas
pessoas.
Sobre o futuro ninguém sabe... Mas,
no presente – e isso eu já posso dizer – o passado de Mônica como secretária se
encerra deixando a Saúde de Chapadinha bem melhor que encontrou.
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