Quem gosta de acompanhar CPI como se
fosse novela, adora treta e lavagem de roupa suja tem tudo para ficar
satisfeito com o que vem por ai na Câmara Municipal de Chapadinha. Ao invés de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito teremos duas. Explico adiante.
Apesar de insistir em culpar "os digitadores" pela fraude escancarada pelo Fantástico, em linhas gerais, os
vereadores da base aliada à prefeita Belezinha reconheceram o direito da
oposição em querer investigar os fatos, a regularidade do requerimento e –
foram além –, pediram ampliação da apuração para o ano de 2020 e 2021.
Importante lembrar que 2020 é o começo da pandemia,
último ano do governo Magno e quando Chapadinha recebeu 12 milhões a mais para
combater a Covid-19; e 2021 primeiro ano de Belezinha, não menos contemplada com recursos, gestão do ex-secretário
Richard Wilker e retomada do agravamento da doença no município.
Em resposta os parlamentares mais
ligados ao ex-prefeito Magno, os vereadores Júnior Carneiro e Mônica Pontes, demonstraram nada temer, se
comprometeram a assinar e apoiar uma segunda CPI para investigar o período. Essa CPI chegou a ter proposta de criação, mas não foi levada a diante em 2021.
Pelo regimento da Câmara (art. 67) a CPI de
2021 perdeu a validade por não ter sido instalada no prazo de 90 dias após o
requerimento. Mas ainda tem jeito de levar a diante: caso
os vereadores governistas realmente queiram investigar o enfrentamento da covid
em 2020 e 2021, basta conseguir 5 assinaturas dos nove parlamentares que ainda
teria e protocolar o requerimento.
O governo pode até mudar de ideia, porém
a reação de hoje sinaliza vontade de esclarecer os fatos e quem torce para tudo seja passado a limpo tem o que comemorar.
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