Enquanto as regras da eleição do
Conselho Tutelar proíbem interferência política por menor que seja e depois de
áudios de vereador pedindo voto e garantindo envio de transporte, denúncia de
promessa de trator em troca de voto e da confirmação (por vídeo) de um ônibus alugado
pela prefeitura atuando em sessões eleitorais, agora surgem prints de um grupo
de whatsapp de equipe do vereador Nildo Santos em apoio à candidata Ana Lúcia.
Com título “Campanha Conselho Tutelar”
o grupo que – de acordo com os diálogos vazados – é composto por contratados da
prefeitura além do vereador Nildo Santos e a candidata Ana Lúcia teria sido
criado por uma pessoa identificada – nos prints – pelo nome de Wellyda.
“Somos da equipe do vereador Nilso
Santos, pedimos apoio para a nossa amiga que é candidata a Conselheira Tutelar,
a eleição acontecerá dia 01 de outubro. Pedimos que divulgue em suas redes
sociais para nos ajudar!”, diz a nota de criação do grupo.
Logo depois de criado o grupo, o
próprio vereador Nildo se manifesta: “este grupo foi criado para uma
aproximação entre nós”, diz ele.
O grupo segue o trabalho de vereador
e contratados da prefeitura em favor da candidata Ana Lúcia quando a pessoa
identificada como Wellyda reitera que o grupo era de contratados da prefeitura
e que além de Ana Lúcia o grupo também deveria atuar em defesa da reeleição da
prefeita Belezinha.
“Só ressaltando alguns pontos sobre a
finalidade do grupo, o grupo foi criado não somente para ajudar nossa amiga na
eleição do conselho tutelar, mas também para mostrar, divulgar o trabalho que
nossa prefeita vem fazendo em nossa cidade, somos do grupo e maioria
contratados/concursados. O que pedimos é o apoio e acima de tudo o respeito de
todos”, prosseguiu Wellyda.
Em outro momento das mensagens a
própria Ana Lúcia aparece divulgando sua trajetória. Veja recortes no final da matéria.
De resto o grupo segue mobilizando a campanha
de Ana Lúcia e exaltando a prefeita Belezinha.
Se era mais provas ou indícios sobre interferência
ou uso da estrutura de governo em benefício da candidata que a comissão
fiscalizadora da eleição queria, o que não falta nos prints é identificação de pessoas
com direito a número de celular e tudo...
A partir destas informações o
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, pode até manter a
decisão de nada apurar, mas vai ficar difícil dizer que não tem nada a ser
investigado. O mesmo serve para o Ministério Público, que – por enquanto –
segue avalizando a eleição pelo silêncio.
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