Depois de ter divulgadas as imagens do “pequeno desentendimento entre familiares”, o vereador Marcelo Menezes lançou nota em seu blog dizendo que nada demais aconteceu na noite em questão.
O vereador tem razão numa coisa: trata-se de um fato sem maiores conseqüências, pelo menos desta vez, felizmente. Insiste o parlamentar que não houve qualquer ato de violência, que seus parentes apenas discutiam e estranhou o fato de este blogueiro não haver tido coragem de publicar os nomes dos envolvidos.
Começando pelo fim, reitero que os intestinos da vida privada da família do vereador não me interessam, que não tenho que mencionar nomes de pessoas que reputo boa índole até que me provem o contrário, que não têm o histórico de violência do vereador e não são pessoas públicas. A citação do vereador no episódio – como veremos mais adiante – é plenamente justificada por ele mesmo no texto que mandou publicar em sua página.
Revendo o vídeo fico a imaginar que noção tem o edil acerca do que se poderia considerar violência, caso em que prefiro apanhar do Mike Tyson a ter qualquer pequeníssima querela mediada pelo ilustre parlamentar.
Mas, as explicações do vereador merecem atenção das autoridades pelas diversas ameaças implícitas e notórias constantes do texto. Diz o vereador: “jamais agi de forma violenta ou tive confronto com qualquer pessoa da minha família, amigos, conhecidos, ou até mesmo pessoas de grupos de oposição, exceto com uma meia dúzia de pessoas covardes, (...) para essas pessoas quero dizer que sempre estarei preparado para o que der e vier, (...) “os desentendimentos e fatos ocorridos no meu passado, que cá entre nós ocorreram poucas vezes, tratavam-se de complicações políticas em defesa da honra da minha família e do meu pai, algo que sempre farei se necessário for.”
Viram?! A candura do vereador só perdura enquanto alguém não o aporrinha com críticas. Ah, cá entre nós, meia dúzia de espancamentos, seria um número aceitável para um representante do povo? Quem foi que se envolveu numa briga e recebeu uma facada na cidade de Brejo? Quem foi – ai sim com requintes de covardia – que agrediu o advogado DJunior? Quem tentou esmurrar o padre da cidade, acertando o vidro de seu carro com o soco? Quem atirou contra o carro do ex-procurador do estado Marcos Lobo? Quem ameaçou contar a garganta do advogado Luciano Lira? (veja trecho do discurso do vereador abaixo). Um dos cangaias, na quadra do FAC; Os irmãos da ex-mulher em Luzilância; o professor Telmo, na Creusa; o rapaz que pintava letreiro de campanha no Bazar... foram vítimas de quem mesmo?
O post anterior não foi produzido para prejudicar reputação de alguém que já possui conceito tão negativo, mas para indagar ás autoridades se será preciso uma vítima fatal para que se detenha um agressor contumaz.
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