Por:
Almir Moreira – Advogado
Na
semana rememorativa da ressurreição, ponto central da doutrina cristã, não se esqueçam, meus caros, Jesus deixou bem claro (Mateus, 16:27): a cada um será dado
segundo as suas obras,
e São Paulo confirma (Gálatas, 6:7): Deus não se deixa
escarnecer, pois tudo o que o homem semear, isso também colherá. Com efeito, a
fé pura e seca no sacrifício salvívico, alheado de um dos maiores mandamentos,
“amar ao próximo como a si mesmo”, é mera formalidade hipócrita. Semelhantes às
formalidades da Lei praticadas por Fariseus e Saduceus, tantas vezes combatidos
pelo Cristo.
A fé sem as obras é cega, esta não é afirmação minha, esta é
afirmação dos evangelhos, esta é a lógica da vida, esta é a lógica da justiça
de Deus, se lembrem, amigos, todos responderão pelos seus atos até "o último
ceitil" (Mateus 5: 25-26).
Não dá pra amar a Deus acima de todas as coisas se não amar ao
próximo como a si mesmo, afinal, fomos criados a sua imagem e semelhança. A graça do Criador dada ao homem só se
completa pela própria atitude do homem, no amalgama fé\obras. Não fosse assim,
o desprovido de informações acerca do Salvador, porém, praticante do bem,
queimaria eternamente no fogo do inferno? E os milhões que pereceram antes do
Salvador, ou sob julgo da Lei ou sem ela? Certo! Todos pecaram e são
merecedores do perdão; mas o perdão se materializa na prática do bem, e esta é
uma moral natural, eterna e universal, da qual o Cristo eterno e criador de
tudo sabe desde os princípios e, que, na sua vinda só fez revelá-la na sua
plenitude. Por isso disse: conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. E a
verdade não é outra senão o entendimento de que o amor a Deus é o amor ao
homem.
A mensagem do Cristo relembrada na páscoa não
derrogou a Lei Judaica, nem a lei natural do universo, como ele mesmo disse,
veio para cumprir. Sua dor só tem sentido se compreendermos que a dor do
próximo é nossa também.
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