Num destes
embates via rede social com um notório lambe-sandálias de Belezinha, cuja língua
já lustrou sapatos, botinas e tamancos de cada ocupante do poder municipal nas
últimas décadas, dei-lhe uma resposta a altura e ele some pela manhã,
retornando no final da tarde com um comentário de vários parágrafos de ultrajes
contra minha pessoa e minha família sem poupar a meu pai, um senhor de 85 anos de
idade e minha mãe, já falecida.
De impulso
até revidei, mas já percebendo que o autor não era o mesmo que assinava,
arrefeci. Vocábulos pobres e manjados como “ínterim” e “pasmem” entregam fácil o
escritor e, por isso, não foi difícil relevar o ingênuo arrendatário das ofensas,
mas cogitei devolver os insultos diretamente ao produtor. Logo percebi aquilo
como algo inútil e desnecessário.
Inútil
porque não há má-fama, que ele bem faz jus, que já não tenham sido jogada-lhas
na cara por gente de variados níveis sociais e intelectuais. Desnecessário por
completo, pois, além fingidas conversões espirituais e piruetas conceituais
nada lhe resta a opinar, não deve haver castigo pior do que não ter honra ou
moral sequer para assinar o que escreve e me conforta ter certeza que ele
saberá – sem dúvida – sobre qual canalha oculto escrevo.
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