sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A Melhor Resposta Para Um Canalha Oculto


Num destes embates via rede social com um notório lambe-sandálias de Belezinha, cuja língua já lustrou sapatos, botinas e tamancos de cada ocupante do poder municipal nas últimas décadas, dei-lhe uma resposta a altura e ele some pela manhã, retornando no final da tarde com um comentário de vários parágrafos de ultrajes contra minha pessoa e minha família sem poupar a meu pai, um senhor de 85 anos de idade e minha mãe, já falecida.

De impulso até revidei, mas já percebendo que o autor não era o mesmo que assinava, arrefeci. Vocábulos pobres e manjados como “ínterim” e “pasmem” entregam fácil o escritor e, por isso, não foi difícil relevar o ingênuo arrendatário das ofensas, mas cogitei devolver os insultos diretamente ao produtor. Logo percebi aquilo como algo inútil e desnecessário.

Inútil porque não há má-fama, que ele bem faz jus, que já não tenham sido jogada-lhas na cara por gente de variados níveis sociais e intelectuais. Desnecessário por completo, pois, além fingidas conversões espirituais e piruetas conceituais nada lhe resta a opinar, não deve haver castigo pior do que não ter honra ou moral sequer para assinar o que escreve e me conforta ter certeza que ele saberá – sem dúvida – sobre qual canalha oculto escrevo.     

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