segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

"Não Há rompimento entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão", Diz Felipe Camarão em Entrevista


 

Não há rompimento entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão. Foi o que afirmou o vice-governador do Maranhão Felipe Camarão em entrevista exclusiva ao Jornal Pequeno publicada na edição impressa deste domingo, 12. Sobre a sucessão de 2026, Camarão afirmou que vai insistir no diálogo com Brandão em busca de consenso.

Embora garanta que não há o tão apregoado rompimento, Felipe admite que surgiu um clima hostil no relacionamento de do governador Brandão com  ex-governador Flávio Dino, hoje no Supremo Tribunal Federal (STF).

No domingo passado (5 de janeiro), Felipe reuniu em São Luís com Marcus Brandão, presidente do MDB-MA e irmão do governador Carlos Brandão, em um encontro político. A reunião teve como objetivo alinhar a parceria entre os dois grupos, após divergências que ameaçavam a candidatura de Camarão ao governo estadual em 2026.

As relações entre os grupos de Flávio Dino e Brandão se deterioraram nos últimos meses. O distanciamento ficou evidente em novembro de 2024, quando Dino não convidou o governador para seu casamento, sugerindo um rompimento.

Em resposta às tensões, Felipe Camarão reforçou a necessidade de preservar a aliança política construída nos últimos anos. Em pronunciamentos, destacou a importância de uma transição governamental que respeite os compromissos previamente assumidos, com Brandão concorrendo ao Senado e ele como candidato ao governo.

Felipe não esconde de ninguém os esforços que vem fazendo buscando uma reaproximação. Ele acredita na pacificação entre os grupos políticos e na conquista de uma unidade que garanta apoio à sua candidatura para o Governo do Estado em 2026.

“Todos nós estamos empenhados nessa unidade porque ainda há muito o que fazer pelo Maranhão, e só iremos conseguir progredir com união e trabalho. Com essa visão e sob a liderança do presidente Lula, esse grupo continuará a promover as mudanças que o Maranhão precisa”, afirma Felipe Camarão nesta entrevista ao Jornal Pequeno:

Jornal Pequeno – Como está, de verdade, essa situação do grupo governista? Quais os passos mais recentes para tentar acabar com esse clima ruim existente hoje no grupo? 

Felipe Camarão – Devemos ter em mente que a população elegeu e reelegeu o ex-governador Flávio Dino sempre no primeiro turno. Depois, a população reelegeu o governador Brandão também no primeiro turno. Isso demonstra que a população aprovou as políticas públicas implementadas desde 2015, como escolas dignas, hospitais regionais e restaurantes populares.

Relembro isso para reafirmar que eu trabalho sempre pela união deste grupo político. Desta forma, tenho conversado com os ministros do presidente Lula, a presidente do PT, do meu partido, que é a deputada federal Gleisi; os secretários do governador Brandão e com o próprio governador. E todos nós estamos empenhados nessa unidade porque ainda há muito o que fazer pelo Maranhão, e só iremos conseguir progredir com união e trabalho. Com essa visão e sob a liderança do presidente Lula, esse grupo continuará a promover as mudanças que o Maranhão precisa.

 – Algumas missões para tentar resolver essa situação já foram incumbidas a você, mas todas elas podemos dizer que não surtiram efeito. O que é que atrapalha?

– Não existe essa história de missões mal sucedidas. Eu tenho conversado com todo mundo: classe política, movimentos sociais, empresários e o PT. Estou ouvindo, ponderando e seguimos em busca de conciliar as diferentes opiniões, que são naturais na política. Sinto de todos uma vontade de seguir ajudando o governador Brandão e contribuindo com o nosso Estado.

 – Recentemente você teve uma reunião com o presidente do MDB, Marcus Brandão, irmão do governador, e logo em seguida o Solidariedade, partido comandado no Maranhão pelo deputado Othelino Neto, acionou a Justiça para tentar cassar o prefeito eleito de Colinas, Renato Santos, do grupo dos Brandão. O que acontece? Tem alguém atrapalhando esse processo de tentativa de paz no grupo governista?

– Houve de fato uma representação contra o prefeito eleito (de Colinas), o que eu soube pela imprensa. Considero que isso faz parte da disputa política local, reflexo de eleições muito disputadas. Esses assuntos devem ser tratados nos municípios e pelas pessoas envolvidas. Eu tenho certeza de que isso não vai interferir na nossa relação política com o governador Brandão.

Leia entrevista completa no site do Jornal Pequeno

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