quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Política do Tempo Não Para


Embora as normas eleitorais estabeleçam no Brasil mandatos com duração de 4 anos, temos um intervalo de 2 anos entre uma eleição e outra. Num biênio elegemos prefeitos e vereadores no outro deputados, senadores, governadores e presidente. Há inúmeros questionamentos quanto a necessidades de pleitos em tão curto espaço de tempo e a idéia de concentrar todos no que em eleições gerais parece uma boa iniciativa.

Já quanto à questão das campanhas e do marketing que tem norteado as batalhas eleitorais temos de um lado a tendência de adiar as ações de campanha mais visíveis para a reta final, ao entorno de 60 dias do dia de votação.

Inegavelmente há estreita ligação entre mandatos e campanha eleitoral. Assim determinado grupo esforça-se em vencer as eleições municipais para ampliar ou manter força em nível estadual; do mesmo modo o pleito estadual serve às necessidades locais.

Dessa relação entre mandatos municipais e estaduais e da visibilidade dos agentes criou-se o que se chama de "Campanha Permanente". Afinal, se notório o liame entre os citados pleitos para os grupos, o desempenho administrativo tem ai importância capital.

Neste contexto, embora nem todos os eleitores percebam claramente, o que existe é sempre um projeto de poder que corre ao lado das eleições. Isso tudo exige dos partidos e dos administradores cuidados especiais com seus mandatos e dos grupos esforços de colaboração com os gestores.

Se o candidato deve ser preocupar com sua atitude pessoal, planejamento das ações da campanha futura e com a comunicação com os indivíduos como eleitores. Para determinado governo cumprir seu papel político, no sentido eleitoral futuro, deve estar dizendo o que faz ou vai fazer, e isso não se reduz às ações de publicidade de governo (marketing institucional) ou em divulgar pela mídia suas realizações. Trata antes de tudo de estabelecer metas que a população perceba o esforço e comemore junto as conquistas porque os eleitores não esperam o final de um governo para julgá-lo. O tempo não para.

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