Por: Almir Moreira
A Governadora Roseana esteve recentemente entre nós, por aqui chegou de surpresa, veio acompanhada de seu vice de um ou dois Secretários e de sua patota mais intima, entre eles um ex-vendedor de cerveja. Sua visita não teve nada de protocolar, tudo indica que a Prefeita e as demais lideranças políticas do Município foram avisadas de última hora. Até mesmo o leal amigo Magno Bacelar parece ter sido surpreendido. Não se sabe oficialmente o que ela aqui veio fazer, não houve inauguração de obra do Estado ou lançamento de algum programa de governo.
A repentina visita não tem explicação e, pegou a todos de “calças curtas”. A Prefeita se viu obrigada a ultimar alguns preparativos para inaugurar obras e os outros recalcitrantes da aventura de José Reinaldo se organizaram para o toma lá dá cá. Ah, quase me esquecia, o PT batia a poeira e se esbaldava com a notícia da vinda da Governadora socialista. Passados oito anos do Governo Lula, o PT maranhense se rendeu e reconheceu que o amigão de Lula aqui é o Senador José Sarney.
A Governadora foi ao gabinete da Prefeita, a casa do ex- Prefeito Isaias e ouviu da residência do ex-Deputado Vagner Pessoa, este em palanque montado no seu jardim, esculhambar os seus aliados de origem, Magno Bacelar e Danúbia Carneiro. Foi ao Parque Aquático Torre do Sol para jantar com seus aliados de origem e não jantou. Neste jantar de fome fez um pronunciamento melancólico limitou-se a falar sobre os seus “Vivas”. Viva Luz, Viva água, Viva Casa, enfim Viva prá todo gosto. No segundo dia ninguém mais a viu tornou-se uma visagem.
Logo em seguida a sua volta aos Leões restou a pergunta – que muito me fizeram – qual a repercussão dessa visita? De plano respondo: nenhuma, porque Roseana foi nenhuma. Foi como se não estivesse vindo, desde sua chegada era evidente sua vontade de partir. Comparo essa visita como a uma criança ao tomar um remédio a contragosto, engole rápido para logo, se vê livre do fardo.
Infelizmente, não se pode dizer que foi proveitosa essa estada, nada foi anunciado se alguém tirou proveito foi ela, candidata a reeleição.
A repercussão foi nenhuma porque a sociedade não soube de sua vinda, a redoma que a protege no Governo se estendeu até aqui.
Um Governo ausente do Povo, que desconsidera as lideranças populares e políticas onde passar pouco será notado. Ademais, em que pese o floreado dos tais “Vivas” não há programas ou políticas públicas de apelo popular, não há nada de novo capaz de motivar a sociedade.
Mas, nada acontece por acontecer, esse desleixo se deve ao fato de que a Governadora está senhoria da situação política no Estado e no Município. Aqueles dois Leões dispostos na entrada do Palácio do Governo continuam gordos e ágeis na política do fura poço, faz estrada, ponte e outros, moeda para os políticos tradicionais se rederem ao seu apelo.
No nosso meio as duas grandes alas – uso o termo tradicional para indicar grupos políticos divergentes – a apóiam, e o PT também já participa de banquetes como o do ofertado no Parque Aquático Torre do Sol.
A atitude da Governadora em Chapadinha não deve espantar ninguém, é fruto do que é a situação política no Estado: políticos de todos os matizes a apóiam.
A Governadora veio e ninguém a viu foi embora e não disse adeus, cuidado: “os ausentes fazem sempre mal em voltar”.
6 comentários:
Eu, considero totalmente ao contrário desta publicação. Sei que em Chapadinha, ou melhor no Maranhão, existem duas mulheres que não foram eleitas a nada, e hoje estão no poder. Falo, de Roseana Sarney, e da Prefeita Danúbia. O grande problema, é que a justiça por alguma razão, as colocaram lá! Fazer o que? Quem é gov. do Maranhão é Roseana, e quem é prefeita de Chapadinha, é Danúbia. Então devemos respeitar, e dá a resposta nesta eleição.
Quando você fala “por alguma razão” pergunto se o abuso do poder econômico no primeiro caso e a inelegibilidade do adversário no segundo não seriam razões suficientes? Sem necessariamente votar ou simpatizar com Roseana e Danúbia havemos de concordar que a democracia só se aperfeiçoa na observância das leis.
"evidente sua vontade de partir. Comparo essa visita como a uma criança ao tomar um remédio a contragosto, engole rápido para logo, se vê livre do fardo".
É verdade porque quem chega e ver essa cidade cheia de buracos, avenida feita com borra de asfalto e sem terra planagem dá vontade de ir embora mesmo. Acho que a governadora fez muito bem, e os lideres Magno e Danúbia não mostraram nada de obras.
Há certo exagero na “borra de asfalto”, aparentemente a obra pode não ser um primor de qualidade, mas, segundo informa a prefeitura é o que o município pode fazer com recursos próprios. Recentemente vi a prefeitura – que enfrenta problemas parecidos com São Luis e Imperatriz, nesta área, por exemplo – realizar tapa buracos na Avenida Presidente Vargas. Ressalto que o fato dos buracos serem problemas de várias cidades país a fora não deve impedir o chapadinhense de reclamar ação contra eles. No mais gostaria de saber sua opinião sobre o tempo que nossa cidade tinha os mesmo problemas só que em maior volume e acompanhados de salários atrasados e perseguição a críticos do governo de então. Abraço.
Não devemos ficar com essa ladainha de tempos passados. salários em dia não é tudo que uma cidade precisa, falta pavimentação, arborização, ginásio esportivo, etc.... mas pelo visto vc é mais um que só olha o passado, e não vê que estamos no mesmo atrazo, caminhando para o fim.
abraços!!!
Caro Eduardo, eu olho passado e chamo atenção para que ele o não se repita. O seu comentário atesta que “salários em dia não é tudo” assim pontifica que eles, diferentemente de antes, não estão mais atrasados; o que já coloca uma situação diferente do que você chama de mesmo “atrazo”. Quanto ao “caminhando para o fim” lembro que mesmo naquela época em que o governo era mil vezes pior estivemos perto do fim, pois uma cidade sofre mas resiste a governos ruins. Chapadinha não vai acabar porque pra trás não vai voltar. Obrigado pela participação e abraço!
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