Depois
da exoneração dos secretários Charles Bacellar e Francejane Magalhães e do conseqüente
rompimento com líder Isaías a impressão de momento é que o governo Belezinha
entrou em parafuso ou literalmente acabou. Nenhuma palavra sobre as graves
denúncias dos auxiliares que deixaram o governo, demora em escolher os novos
secretários e salários de servidores contratados em atraso e sem dia certo para
receber.
Denúncias
Graves
Movimentação
Irregular de Recursos
Tanto
Francejane quanto Charles denunciam transferência de recursos de forma
fraudulenta em suas pastas com possível envolvimento de funcionários do Banco
do Brasil na trama. “Acontece que no final do ano, a Prefeita decidiu por conta
própria e com o auxílio da gerência do Banco do Brasil da cidade movimentar as
contas da saúde (conforme alguns extratos) sem o consentimento de Charles
Bacelar. Pela Lei a prática é irregular já que Charles além de Secretário, era
ordenador de despesa e gestor do Fundo Municipal de Saúde”, relatou o blog do
Samuel Bastos sobre o caso.
“Que
intenções teria Belezinha em movimentar as contas da saúde desautorizando o
Secretário e contrapondo o que diz a Lei que rege o Fundo de Saúde? Para evitar
que o fato continuasse ocorrendo Charles Bacelar encaminhou ao Banco do Brasil
no dia 06 de janeiro o Ofício nº 03/2014 cobrando esclarecimentos da Agência do
Banco do Brasil, desautorizando a continuidade da prática e solicitando o
estorno das quantias debitadas as respectivas contas” completou a matéria do
blog que entrevistou o secretário e obteve extratos e outras provas da
operação.
Desvios
de Verbas
Além
de denunciar as mesmas movimentações irregulares nas contas da educação, em
operação idêntica ao que aconteceu na saúde, Francejane foi categórico em
afirmar que a verba de R$ 190 mil, citada em áudio pela prefeita, é muita mais
do que isso, ficando em torno de 230 mil reais, que teriam sido aplicados em
pinturas e pequenas reformas em escolas que nem de longe justificariam o
dinheiro retirado.
“Na
Educação os problemas iniciaram quando a secretaria de obras apresentou a fatura
de reforma de escolas, inicialmente sem planilhas e com o amadorismo que
caracterizava a pasta, não concordei em autorizar o pagamento, então montaram
as planilhas na base da ficção não concordei em autorizar o pagamento, então
entrou em ação a competência administrativa, pressão para lá, pressão para cá,
tudo muito parecido com a música do 43, então com autorização por escrito da
competência administrativa foi efetuado o pagamento, que não foi aquele valor
divulgado no áudio , em seguida a secretaria de obras se apropriou do PAR e sem
a participação do gestor da Educação montou o projeto de polarização das
escolas da zona rural, uma verdadeira obra prima vinte escolas com 12 salas com
capacidade para vinte mil alunos, porém esqueceram que a zona rural possui
apenas seis mil, e o município como um todo dezoito mil”, disse Francejane
sobre o caso.
25%
da Educação: Improbidade Dolosa
Ao falar
sobre o que teria impedido a SEMED de pagar os servidores no dia 20 de dezembro,
Francejane fez a mais grave revelação: a prefeitura encerrou o ano sem aplicar
os 25% das receitas na educação. Como a omissão de recursos na área da educação
configura ato doloso de improbidade administrativa e pode iniciar processo de
cassação pelo legislativo ou pela via judicial, a prefeita Belezinha deve ter
muitos problemas por conta da denúncia de seu ex-secretário, que falou com conhecimento
de causa e mostrou documentos comprovando o que disse na entrevista concedida à
rádio Mirante.
Sem
Resposta e Sem Secretários
Se a falta de respostas às denúncias dos ex-secretários equivalem a admissão de culpa por parte da prefeita, a demora em escolher os substitutos revela que o governo não teria planejado as demissões e se encontra mais do que perdido em meio aos últimos acontecimentos, deixando a indagação do vereador Eduardo Braga (PT) no ar: “em 2014 terminou o primeiro ano do governo Belezinha ou foi o próprio governo que acabou em seu primeiro ano?”
Se a falta de respostas às denúncias dos ex-secretários equivalem a admissão de culpa por parte da prefeita, a demora em escolher os substitutos revela que o governo não teria planejado as demissões e se encontra mais do que perdido em meio aos últimos acontecimentos, deixando a indagação do vereador Eduardo Braga (PT) no ar: “em 2014 terminou o primeiro ano do governo Belezinha ou foi o próprio governo que acabou em seu primeiro ano?”
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