“Infelizmente
eu tenho dois secretários que não me ajudam, falando de um modo geral as vezes
eles me atrapalham: é o Francejane na educação e o Charles na saúde. E eu to
vendo uma forma a partir de janeiro, ou logo-logo, o que é que eu vou fazer com
estes dois secretários”, assim, em novos trechos do áudio que o blog teve
acesso, a prefeita Belezinha volta a avaliar de forma negativa os titulares das
pastas mais importantes da gestão e prepara terreno para acusações bombásticas
que faz mais adiante contra Charles Bacellar, Francejane Magalhães e inclui em
suposto esquema de superfaturamento e corrupção dois conhecidos empresários do setor
de combustíveis de Chapadinha.
Antes
de entrar no assunto do suposto desvio de recursos a prefeita Belezinha alega que
precisou movimentar recursos para reformas de escolas, no valor de 190 mil
reais, quando teria sido obrigada a assinar um documento assumindo a
responsabilidade pela operação, e, demonstrando insatisfação, a gestora reclama
que Charles e Francejane querem ser prefeitos. “Quando foi no início do ano,
que eu precisei fazer reformas nas escolas, foi tirado ai 190 mil, o Francejane
pra liberar este dinheiro foi a maior luta do mundo, eu tive que assinar um
documento. Pôxa, o Francejane e o Charles tão querendo fazer papel de
prefeito”, reclamou Belezinha.
“É
Só Ladrão”
Na
parte mais grave das conversas, a prefeita Belezinha e o secretário de obras
Aluísio Santos descrevem um suposto esquema de desvios de recursos públicos
relacionados à licitação de combustível e ao fornecimento para as secretarias
de saúde e educação. A prefeita começa
considerando o secretário Francejane mais criterioso que Charles com relação ao
controle das aquisições de combustíveis, mas é interrompida por Aluísio que
inclui a SEMED nos desvios. “O Francejane ele tem a vantagem, ele é controlado
na questão do combustível” diz a prefeita, quando Aluísio interrompe e segue o
seguinte diálogo:
– Ave Maria, Ducilene – diz Aluísio.
– Não, não é tanto como na saúde – alivia Belezinha.
– É controlado e tem 8 centavos a mais na
secretaria dele? – questiona o
secretário.
– É
isso ai é uma coisa errada também – concorda a prefeita.
–
Não existe rapaz. Isso ai eu resolvia exonerando os dois hoje e contratava quem
quisesse trabalhar com a Ducilene – completa Aluísio Santos.
A
prefeita retoma a palavra dizendo que enquanto os demais setores da
administração pagam R$ 3,01 as secretarias de Saúde e Educação pagam 3,09 e
ainda aumentariam a quantidade de combustíveis em notas fiscais para chegar ao
preço superfaturado. “Pra administração o preço da gasolina é 3,01, pra saúde
educação é 3,09. Na licitação foi um preço e na hora se usou mil litros, pra
poder fechar aquele valor eles botam mil e cem litros”, descreve Belezinha.
De
acordo com o que declara a gestora a descoberta da alegada fraude foi recente e
Belezinha chega a suspeitar do envolvimento dos donos do Posto Chapadinha Tatá
e Próspero Veras no esquema. “Isso a gente veio descobrir agora que eles são
conscientes disso, não sei em favorecimento a quem, ao Tatá ou Próspero. Se a licitação
foi 3,01 então tem que ser 3,01”, conclui a prefeita Belezinha, abrindo a deixa
para Alúisio encerrar detonando geral.
“Saúde
e Educação, R$ 3,09, imaginem de fevereiro pra cá o rombo. É só ladrão!”,
finaliza Aluísio Santos.
Outro
Lado
O
blog procurou os empresários Tatá e Próspero Veras, que tiveram acesso ao
conteúdo da gravação e da matéria e disseram que irão se pronunciar por meio de
nota.
Os secretários Charles Bacelar e Francejane Magalhães disseram que
preferiam analisar o conteúdo da matéria e se pronunciar ou adotar medidas
cabíveis após sua publicação.
Ouça os Áudios Abaixo:
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