Passado razoável tempo sem demissão, renúncia, pedido público de desculpas, retratação,
contestação da matéria, declaração de confiança ou qualquer outra reação política às
palavras da prefeita contra um de seus mais importantes auxiliares e contra o
principal apoiador de sua eleição, resta – enquanto se aguardam outros
desdobramentos – observarmos o fundo humano por trás do inimaginável jogo
mesquinho que acabou se transformando as relações entre as pessoas que compõem
o atual governo de Chapadinha.
De
empresária bem sucedida e esperança de uma gestão melhor e mais honesta, a
prefeita desce do cargo maior da cidade para se comportar como mandatária
fraca e rasteira a ponto de recriminar colaboradores pelas costas, ainda que os acabem
engolindo por medo das conseqüências de afastá-los. E mais gravemente, ela procura
nome bonito para coisas horríveis e podres à sua frente, e declara estar
permitindo a má gestão de recursos e o descontrole financeiro.
O
professor respeitado e homem cortês – que chegou a guru e salvador da então
candidata – agora se reduz a um indesejado qualquer, a alguém que por
interesses próprios ou de terceiros se acastela em cargo cuja saída agora é
vontade pública daquela que o nomeou.
E o “detentor
dos votos”... Com a prefeita que elegeu lhe responsabilizando pelo futuro caos e
por vários desmandos, não percebe que tanta desfeita sem reação o desmoraliza
como líder e o diminui perante seu povo. Quanto mais fica imóvel, mais admite lucro
com os malfeitos e cumplicidade com o desastre que se aproxima.
Quando
falei acima que, neste artigo, ressalto os contornos humanos desta crise é
porque no fundo de cada político [com todos os defeitos, interesses e friezas
deles] (acreditem!) existe carne, osso e sentimento perdidos em algum lugar de
suas almas.
Como
eu não posso indagar à Prefeita, ao Secretário ou ao Líder, pergunto ao meu
caríssimo leitor: quem ou o que restituirá decência e dignidade humana a
Belezinha, Francejane e Isaías?
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