Reconstituição da Ação Criminosa |
Prestes do julgamento final pela
justiça de Brejo, o caso do assalto aos repórteres do programa Fantástico, que
investigavam supostos desvios de recursos públicos em Mata Roma e Anapurus, ocorrido
em 2014, ao que tudo indica caminha (no máximo) para a condenação dos quatro indiciados
como participantes da ação, nenhuma menção a prováveis mandantes e sem informações
de testemunhas cruciais que deixaram de ser ouvidas no curso do processo.
Embora as investigações apontem que
pelo menos 8 pessoas tomaram parte da emboscada, somente quatro suspeitos foram
identificados e indiciados entre eles: o Policial Militar Raimundo Silva
Monteles, Jairo Lisboa da Silva Sousa, Aguinaldo Henrique Alves e Manoel
Francisco Monteles que seria o líder do grupo.
Audiência na Justiça da Comarca de Brejo |
Depois do assalto contra a equipe da Globo, o titular
desta página e o blogueiro Alexandre Cunha fomos os primeiros a cobrir o caso e
a prestar solidariedade ao repórter Eduardo Faustine e a acompanhá-lo junto as
autoridades policiais de Chapadinha, desde então sabemos de uma pessoa que acompanhou
toda a cena do crime e que estranhamente não foi ouvida entre as 13 testemunhas
arroladas durante o processo. Nossa reportagem está tentando ouvir a testemunha em busca de novas informações.
O promotor Clodoaldo Nascimento que
denunciou os quatro réus do processo, ouvido pela reportagem da TV Mirante,
falou sobre a possibilidade de os mandantes e demais autores escaparem da ação
da justiça. “É possível que outros tenham participado, mas como não foi
possível identificá-los, provavelmente eles ficaram impunes”, declarou o
promotor que pediu a condenação dos réus por roubo qualificado.
Com testemunhas importantes deixadas
de lado, réus primários que não entregam mandantes e se condenados pegarão
penas leves, o atentado aos jornalistas da poderosa Rede Globo tende a ficar
impune e a cair no esquecimento como um convite à violência e ao cerceamento da
imprensa.
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