A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo
Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (2) um pacote de pedidos de
aberturas de inquéritos com base na delação do senador Delcídio do Amaral
(ex-PT-MS). Dentre eles, duas investigações contra o presidente nacional do
PSDB, senador Aécio Neves (MG), e outra que atinge a cúpula do PMDB no Senado,
como o presidente da Casa Renan Calheiros (AL).
Caso o ministro Teori Zavascki determine a abertura dos
inquéritos, Aécio passará a ser oficialmente investigado em desdobramento da
Operação Lava Jato. São duas linhas de apuração contra o senador: uma, a
suspeita do recebimento de propina de Furnas, e outra, a acusação de que
maquiou dados do Banco Rural para esconder o mensalão do PSDB.
No caso do Banco Rural, também deve ser
investigado o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), próximo a Aécio e que, segundo
Delcídio, sabia que os dados estavam sendo maquiados.
Outro inquérito solicitado pelo
procurador-geral da República Rodrigo Janot, que envolve Renan, é contra os
senadores do PMDB Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA) e Valdir Raupp (RO) sob
suspeita do recebimento de propina das obras da hidrelétrica de Belo Monte.
Neste caso, a PGR pediu que os fatos
relativos a Belo Monte sejam distribuídos nos inquéritos já existentes contra
esses senadores, sem a abertura de um procedimento específico sobre o caso.
Uma quarta investigação é contra o ministro
do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo e o deputado petista Marco Maia
(PT-RS) pela participação na CPI Mista da Petrobras realizada em 2014. Eles
foram acusados de participar de um esquema para achacar empresas investigadas
pela CPI em troca de recursos para a campanha. Vital era o presidente da
comissão e, Maia, o relator. (Com informações da PGR)
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