O noticiário
a respeito da morte da chapadinhense Eva Braga revela a face mais cruel da
mídia sensacionalista e do apego das pessoas pela maldade que
acaba matando mil vezes as vítimas de violência do tipo.
Uma garota
como outras tantas que partiram em busca de dias melhores aparece morta
tragicamente e seu infortúnio ao invés de produzir consternação e solidariedade
enseja prejulgamentos e linchamentos morais ao gosto de compartilhamentos
desumanos.
Esse preferência comum pelo grotesco não foi inventada pela imprensa mas é utilizada por ela em
busca dos acessos que dão lucro ao que não tem valor e notoriedade à irrelevância. O sucesso da crônica sádica não começou com a Internet, apenas
ganhou velocidade com os Zaps da vida.
No roteiro
do repúdio a qualquer tipo de censura e em homenagem ao que a tecnologia trouxe
de bom, o remédio é individual, da opção pessoal de não compartilhar infâmias e de rejeitar páginas de preconceitos, de esgoto e de sangue. Afinal todos nós ainda
vivos estamos sujeitos a morrer mil vezes como a jovem Eva.
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