Sabe
aquela mania do brasileiro de se menosprezar e supervalorizar tudo que existe
ou vem do estrangeiro, que apelidaram de complexo de vira latas? Nós
chapadinhenses estamos descendo um degrau abaixo ao – por pirraça política ou
por decepção com as atrações – escolhermos Vargem Grande como o sonho de
consumo carnavalesco.
Nestes
últimos dias, à guisa de protesto por falha em determinado serviço público, vi internautas
importantes a recomendar que o público de fora evite Chapadinha no período e
parte da mídia local, incluindo a afinada com a prefeitura, não para de
promover (até de graça) a festa do município vizinho.
Com
muita gente jogando a favor do comércio e do turismo de outros municípios, só
resta aos barraqueiros, vendedores de alimentos, donos de bares e blocos
organizados contarem com os foliões mais humildes do povo de Chapadinha que até
aqui têm sobrevivido a diferentes governos e persistido brincando de forma
alegra a prá lá de pacífica em carnavais muitos bons e outros nem tanto.
De
minha parte vou fazer como sempre fiz: nem achando tudo belezinha e tão pouco
feliz demais com tudo enquanto, mas mantendo sempre o prazer pela companhia de
meus conterrâneos e a preferência pelo carnaval da minha terra. O Labareda, o
Baile a Fantasia, o Bloco de Sujos, o Abrigo, Arinus, as Praças Luís Vieira,
Bandeira e do Povo que me aguardem.
Aos
irmãos de Vargem Grande desejo que tudo transcorra na santa paz e
sorte na empreitada de superar graves e antigas mazelas promovendo suntuoso
carnaval. Já os atingidos pelo nosso atual e particular complexo de cachorro
louco tenho é dó.
Nenhum comentário:
Postar um comentário