Depois
de a prefeitura anunciar a reforma da nossa velha rodoviária a repercussão foi
imediata. Ampla maioria comemorou na base do “já era tempo”, um grupo menor
defendia a demolição do prédio antigo em prol da construção de um novo terminal
e o valor anunciado da reforma – cerca de 222 mil reais – também foi
questionado.
A
polêmica toda traz um bom debate sobre bem público, valor de obra e
participação da cidadania nas decisões governamentais.
Na sua época Belezinha gastou R$ 100.000,00 com isso |
Valor
da Obra
Começo
o debate sobre o valor da obra que sem saber direito o que vai realmente ser
feito, 222 mil parece muita grana. Digo sem saber direito o que vai ser feito o
valor anunciado pode ser insuficiente ou até absurdo como querem alguns. Mas
sem ver a planilha de gastos ou esperar a conclusão não tem como opinar sem paixão política. Em todo
caso é bom ficar de olho mesmo porque, em exemplo recente, a prefeitura na
gestão de Belezinha gastou mais de R$ 100.000,00 só com tapumes e cercas de
obras de praças, de acordo com as planilhas da própria prefeitura. Veja aqui, matéria com todas as planilhas.
Nova
Rodoviária x Velha Perseguição
Quem
não chegou este ano em Chapadinha sabe que a ex-prefeita Belezinha passou 4
anos tentando construir uma rodoviária e foi implacavelmente impedida por ela
mesma. Os recursos da ordem de 700 mil reais, estavam garantidos por convênio
com Caixa Federal e na hora da escolha do local a ex-prefeita passou 3 anos tentando tomar o terreno do vereador de oposição Eduardo Sá, depois
desistiu desse e resolveu desapropriar a preço de banana terreno de empresário
por valor igualmente irrisório. A justiça impediu que Belezinha usasse o poder
da prefeitura para perseguir e como resultado estamos sem nova rodoviária até
hoje.
Pobre
mas Limpinha e Equipamento Cultural
Diferente
dos que preferem a velha rodoviária no chão, quero ter o prazer de ver aquele
local com banheiros limpos e todo ele bem cuidado depois da reforma, de modo a
que possamos dizer que temos uma rodoviária pequena, modesta, porém limpa e
digna. Quando for possível um novo terminal rodoviário, que aquele prédio
público ganhe nova utilidade, como abrigar secretarias ou – puxando
brasa pra área que precisa ser fortalecida em Chapadinha – virar museu ou
centro cultural, por exemplo.
Participação
É
evidente que nenhuma iniciativa da gestão pública vai ter 100% de aprovação,
principalmente no ambiente desordenado das redes sociais. Para sair da
armadilha das opiniões vazias e evitar erros, o governo municipal precisa criar
mecanismos sérios para ouvir a comunidade antes de propor obras e ações: o
orçamento participativo e audiências públicas são mecanismos de governança
compartilhada que precisam avançar em Chapadinha.
Corda
em Casa de Enforcado
Natural
que o grosso das críticas quanto a reforma da rodoviária venha da política
partidária e dos eleitores da candidata que perdeu a eleição. Nisso a
democracia e o direito de questionar age contra eles mesmos. Afinal, não se reclama
de 200 mil pra rodoviária tendo gasto 100 mil com cercas velhas e não fica bem falar
de rodoviária quem teve a verba e tudo na mão pra fazer e achou mais importante
perseguir desafetos e donos de terrenos.
Em 2013: Belezinha e comitiva em um dos terrenos que tentou desapropriar |
* Primeira foto: William Fernandes
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