A recente onda de protestos no Egito tem como fonte de mobilização o mundo digital. Em Cuba, China e Irã as chamadas redes de sociais foram utilizadas no sentido de driblar o cerceamento e controle de informação. Descentralizadas de forma que cada internauta passa a ser um produtor de notícias, a internet supre a falta de debate dos regimes autoritários e cada vez mais desconcerta as ditaduras.
Hoje a pergunta que se faz é se as novas mídias têm mesmo um caráter libertário? Mais difíceis de serem controladas pelas ditaduras, o efeito imediato foi retirar das redações de jornais, rádios e TVs a exclusividade na produção de notícias, por isso é de fato um excelente instrumento de libertação.
Usei a palavra instrumento porque essas tais novas tecnologias não passam de dispositivos ou máquinas usadas por seres humanos. É ai que entra o outro lado da história, em sentido contrário, blogs e redes sociais são veículos poderosos que também podem ser usados para idéias autoritárias e extremistas.
No Irã o governo já acompanha o facebook para captar críticas e perseguir opositores. Da manipulação à bisbilhotice a internet pode ser usada para o bem e para mal. Repleta de “Ctrl C” “Ctrl V”, cheia de “jornalistas” sem a menor capacidade técnica e apinhada de irresponsáveis anônimos – coveiros da honra alheia – a internet se espalhou por um mundo que ficaria bem pior sem ela.
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