O
Maranhão passou a adotar uma nova postura em relação ao combate à criminalidade
desde janeiro de 2015. Os crimes estão sendo apurados com rigor e o sistema de
segurança está recebendo investimentos para ampliar o efetivo e também para
melhorar as condições de trabalho, como aquisição de armamento e investimentos
na estrutura para trabalho do Grupo Tático Aéreo (GTA) no interior.
Menos
de uma semana após assassinato de mecânico Irinaldo Batalha, no município de
Vitória do Mearim, a polícia elucidou o caso e prendeu autor Luiz Carlos
Machado e os policiais militares acusados de proporcionarem cobertura para o
crime. Também está presa a maioria dos integrantes da quadrilha dos ‘Piratas’
responsáveis pelos crimes na praia de Panaquatira. Parte dos acusados morreu em
confronto com a polícia.
O
governador Flávio Dino afirmou que embora o problema na segurança ocorra em
todo o país, no Maranhão está sendo feito um combate rigoroso. Como exemplo das
ações está o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, desde abril, após
solicitação feita ao Ministério da Justiça, para reforçar a investigação de
crimes violentos e finalizar inquéritos para serem remetidos à Justiça.
“Tenho
convicção que com as ações que o sistema de segurança está realizando os crimes
vão diminuir ainda mais, vamos seguir lutando contra a criminalidade, que
infelizmente é um problema em todo o Brasil”, afirmou o governador.
Apurar
as causas dos homicídios e responsabilizar os autores dos crimes integra as
estratégias do governo para reverter os altos índices de criminalidade,
decorrentes do abandono do sistema de segurança, nos últimos. Exemplo do
descaso com o setor foi a quantidade de inquéritos que não tiveram andamento
pelo descaso da gestão estadual em dotar a polícia judiciária maranhense de
condições adequadas de desenvolver o seu trabalho.
Como
reflexo da nova postura, o governador solicitou o auxílio da Força Nacional
para reforçar o trabalho da polícia judiciária. Em São Luís, no mês de
fevereiro havia 250 inquéritos acumulados na Delegacia de Homicídios, 830 na
Delegacia Especial da Mulher e 327 na Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente. Desde abril, uma equipe composta por investigadores, delegado e
escrivão reforça o trabalho da polícia judiciária no Maranhão.
Flávio
Dino explicou que a mobilização da Força Nacional no estado é bem diferente da
requisição apresentada recentemente na Assembleia Legislativa e que foi
recusada no plenário da Casa Legislativa. “Força Nacional nada tem a ver com
Exército nas ruas. Nunca teve. Interessante é que os que agora gritam pela
Força Nacional, são os mesmos que abandonaram a segurança e permitiram o
crescimento dos crimes”, disse o governador.
CRIMINALIDADE
NOS GOVERNOS ROSEANA
Durante
os últimos quatro anos houve um crescimento da criminalidade no Maranhão. Dados
da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) mostram que em 2010 nos
cinco primeiros meses do ano foram registrados 198 crimes de homicídios
dolosos, o número teve uma elevação de 2% no mesmo período do ano seguinte e
saltou em mais 15% no ano consecutivo, quando foram registrados 231 casos. Os
números aumentaram em quase 30% em 2013, com 299 homicídios dolosos de janeiro
a maio, e em 2014 o aumento foi de 25%, com 373 casos.
A
escalada da criminalidade foi interrompida apenas este ano, quando se comparado
com o mesmo período de 2014 houve uma redução de 8%. Em coletiva, o secretário
estadual de Segurança Pública, Jefferson Portela, explicou que o Estado está
empenhado em reduzir os índices de violência e que desde o início do ano estão
sendo realizadas operações intensivas para apreensão de armas de fogo, armas
brancas e drogas, que tem uma relação direta com os crimes.
Além disso, as investigações da Polícia Civil estão sendo criteriosas buscando garantir a justiça na apuração dos casos reunindo todas as provas e indícios necessários, incluindo a investigação de outros crimes aos quais os suspeitos estejam relacionados, para que os autores de crimes não fiquem impunes.
Além disso, as investigações da Polícia Civil estão sendo criteriosas buscando garantir a justiça na apuração dos casos reunindo todas as provas e indícios necessários, incluindo a investigação de outros crimes aos quais os suspeitos estejam relacionados, para que os autores de crimes não fiquem impunes.
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