A Articulação do
Semiárido Brasileiro (ASA Brasil), uma Organização Não Governamental, é
importante aliada do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de
Agricultura Familiar (SAF) para implantar projetos de captação de água nos
municípios do Maranhão que enfrentam secas, com longos períodos de estiagem,
afetando, principalmente, a produção da agricultura familiar.
A meta é do governo Flávio Dino é que Maranhão tenha
acesso aos recursos federais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Pobreza (MDS), destinados aos projetos de cisternas, que já são desenvolvidos
com êxito na região do Semiárido Brasileiro, garantindo água para o consumo
humano, à produção agrícola e à criação de animais.
A ONG Asa Brasil tem desenvolvido projetos importantes
para as populações desses municípios como o “Um Milhão de Cisternas” e o
projeto “Uma Terra e Duas Águas – P1+2”, que já possibilitaram o acesso água a
muitos municípios brasileiros, com sistemas simples de captação de água das
chuvas.
“Cisterna
Calçadão”
Segundo o secretário de Estado de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, o
sistema mais adequado para a realidade dos municípios maranhenses que têm as
características do semiárido é o “cisterna calçadão”, que consiste em um grande
reservatório com capacidade para mais de 50 mil litros de água e que, com o
sistema de gotejamento, pode manter os plantios irrigados por todo o período de
seca.
Debate
A Asa já participa junto com técnicos do MDS e da SAF da avaliação para
identificar os municípios maranhenses que mais precisam de água. A ONG
participou da reunião promovida, este mês, pelo Governo do Estado, com os
representantes do Ministério, de órgãos federais e estaduais e de movimentos
sociais, que tratou sobre o projeto de implantação de cisternas no Maranhão.
Os coordenadores da Asa no Maranhão defendem o uso de
cisternas para criar condições fomento ao desenvolvimento rural nos municípios,
com carência de água, promoção à segurança alimentar e nutricional, assim como
a geração de emprego e renda às famílias de agricultores contempladas com essas
tecnologias de convivência com a escassez de recursos hídricos.
“Nos projetos que desenvolvemos, além de receberam
cisterna de alvenaria, as famílias ganham sementes de hortaliças, entre outros
materiais, que auxiliam na produção de alimentos saudáveis nas propriedades”,
esclarece o representante da Asa no Maranhão, Juvenal Neres.
Ele elogiou a iniciativa do governo de abrir o debate
envolvendo vários órgãos e representantes dos movimentos sociais acerca de um
tema tão importante que é o acesso à água. “É um avanço significativo, porque
durante muitos anos fomos chamados de loucos por nos preocupar e procurar levar
para as mesas essas questões. Hoje vejo, no Maranhão, várias instituições de
mãos dadas querendo construir esse debate”, disse.
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