O deputado Levi Pontes (SD)
ocupou a tribuna da Assembleia nesta terça-feira (30), para informar que leu
nos jornais uma manchete acerca de um suposto “hospital fantasma”, que teria
sido descoberto, na cidade de Rosário, por meio da auditoria que está sendo
realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O parlamentar revelou que a
auditoria constatou que a Iris Engenharia Comércio e Representação recebeu R$ 4
milhões e 200, para construir o suposto “hospital fantasma”, de 50 leitos, que
ainda hoje não tem nem a terraplanagem da obra, que se fosse feita beneficiaria
milhares de pessoas da Região do Munin.
Para Levi Pontes, é
lamentável um fato como esse, pois um hospital de 50 leitos iria resolver
grandes problemas de fluxos de pacientes da Região do Munin para as casas de
saúde da capital. “A data de entrega do “hospital fantasma” seria 19 de maio,
mas foi constatado que só passaram um trator no terreno”, disse.
CRIMES
No pronunciamento, o
deputado Levi Pontes revelou que a auditoria da SES constatou que nesse
contrato existem, comprovadamente, crimes, atos de improbidade administrativa,
licitações dirigidas, pagamentos irregulares e superfaturamento da obra. “Foram
pagos 26% do total de uma obra inexistente”, afirmou.
Conforme Levi Pontes, o
projeto do “hospital fantasma” na cidade de Rosário foi autorizado pela Proeng,
uma empresa de engenharia, criada no governo passado e contratada por R$ 70
milhões pelo ex-secretário da Saúde, para projetar e fiscalizar obras.
Levi Pontes revelou ainda
que a licitação da obra teve apenas uma única empresa concorrendo, porque o
edital foi dirigido. Segundo ele, Ricardo Murad disse apenas: “tenho pouco a
dizer, a não ser que o programa é atestado pelo BNDES, que detém o poder de
autorizar o pagamento das faturas apresentadas”, concluiu.
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