Barraco de Maura Jorge com Raimundo Louro |
Em outro barraco protagonizado por Maura Jorge, no momento da assinatura de ordem de serviço para obras de pavimentação da MA-245, a prefeita se dirigiu ao então deputado Raimundo Louro da seguinte forma: “aqui você não discursa, aqui você não discursa, quem manda aqui sou eu”, disse a prefeita Maura Jorge, em evento realizado, fevereiro de 2014, quando ela queria que apenas seu genro, deputado Neto Evangelista, fizesse uso da palavra.
Em diversas
passagens de sua vida pública a Maura Jorge que virou musa das viúvas de Sarney
na mídia e nas prefeituras municipais nunca passou de uma liderança autoritária
que em seu município apenas reproduziu o que aprendeu com os oligarcas abrigados no Palácio dos Leões.
O constrangimento
vivido em Lago da Pedra segue o roteiro comum em várias cidades do interior do
Maranhão: prefeitos convocam claque formada por secretários, funcionários
comissionados ou contratados e outros dependentes do poder municipal para
desempenhar qualquer função ordenada. Foi disso que Flávio Dino foi vítima em
boa hora.
A reação
da prefeita tem tudo a ver com a fiscalização e transparência nos convênios
entre Estado e Prefeitura e com a dificuldade de os prefeitos tirarem
dividendos eleitoreiros de outras de outras esperas administrativas.
Poucos
dias antes de completar um ano de governo, Flávio Dino não foi autoritário ou
vingativo, é alvo de chantagem de prefeitos que ajudaram – na base da corrupção
e incompetência – a formar os indicadores sociais que tão negativamente
ostentamos.
Agora
que viu (de perto) a cara feia do clientelismo e o desespero da corrupção quase
generalizada nas gestões municipais, só resta a Flávio Dino resistir aos
chiliques, manter a seriedade no tocante aos convênios e ajudar o Maranhão a se
livrar da péssima safra de prefeitos que temos hoje.
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