A presidente Dilma Rousseff decidiu agora há
pouco, depois de muitas horas de reunião, que o ex-presidente Lula vai ocupar a
Casa Civil do governo, no lugar de Jaques Wagner, que vai para a chefia de
gabinete.
Está em discussão uma reforma mais ampla do
primeiro escalão do governo. Dilma deve mexer em outras peças do Ministério.
A presença de Lula no governo deve mexer na
área da economia. Lula pressiona por uma guinada nos rumos das políticas
econômica e monetária, com o uso das reservas internacionais para abatimento de
dívidas e uma pressão pela redução da taxa de juros, criando um populismo
fiscal.
O presidente do Banco Central, Alexandre
Tombini, tem demonstrado incômodo com as notícias de que Lula gostaria de
trazer para o governo o ex-presidente do BC Henrique Meirelles.
O governo se esforça para convencer que a ida
de Lula para o Palácio do Planalto é para tentar salvar o mandato da presidente
Dilma. Já a oposição afirma que o oferecimento de um ministério para Lula é
para blindá-lo no campo da Justiça. A consequência prática é que Lula se livra
da mira do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, já que passaria a ter como
foro o Supremo Tribunal Federal.
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