terça-feira, 9 de maio de 2017

Belezinha e as Entrevistas Existenciais


Na entrevista de Belezinha a Rádio Mirante, na tarde de ontem, 8 de maio, nada de novo: algumas poucas críticas pertinentes a atual gestão, fé inabalável em nova eleição, confissão de práticas condenáveis em sua gestão, acusações que beiram a leviandade, muita inverdade, asneira e nenhuma palavra sobre o processo por compra de voto que pode torna-la inelegível até 2024.

Em caminho oposto ao de Magno Bacelar – que após o revés de 2012, preferiu o silêncio, deixou a adversária a vontade para errar sozinha e voltou só em 2016 para uma acachapante vitória – Belezinha escolhe a mídia em busca de não ser esquecida, pouco importando para a qualidade do que diz e para a avaliação que o povo faz de suas falas.

Magno tem demonstrado que o falatório de Belezinha não o incomoda, tanto que facilmente fecharia todos os microfones para a adversária e se ainda não o fez, foi porque não quis. Por todo o conjunto da obra, Bacelar considera Belezinha a adversária ideal para comandar a oposição a seu governo e para enfrentamentos eleitorais futuros.

Para Magno e seu pragmatismo, as participações da ex-prefeita no rádio se encaixam na estratégia: faz lembrar que Belezinha existe como personalidade ideal para rivalizar e para ser derrotada por ele e seu grupo.

Já este sentimental blogueiro que vos escreve, enxerga as entrevistas de Belezinha como últimos resquícios do poder que tinha e memória de sua paixão pelo cargo perdido. Sendo tudo o que lhe resta, rezo para que ninguém lhe tire tal alento.     

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