segunda-feira, 8 de maio de 2017

Folha de SP Aponta Contradições de Delação Contra Flávio Dino


Uma série de depoimentos de delatores da Operação Lava Jato contém erros e contradições que tornam as denúncias falhas e sem prova cabal para condenar os envolvidos. Como no caso do governador Flávio Dino, segundo apontou reportagem da Folha de São Paulo neste domingo, 07.

Essa falta de provas diminuí a denúncia contra Dino e causa tanta revolta no governador. O ex-executivo da Odebrecht, José Carvalho, contou que doou R$ 400 mil a campanha do comunista em 2010 em troca de apoio a um projeto de lei sobre proteção de investimentos brasileiros em Cuba, depois falou que o valor era de R$ 200 mil e chegou a dar uma senha, mas não lembrava qual era. Detalhe que o tal projeto não foi relatado por Dino quando era deputado, e depois foi arquivado. Carvalho ainda disse que em 2014 houve uma doação legal a campanha de Flávio, mas não há registro na prestação de contas do PCdoB. A única coisa que existe contra o governador é o depoimento de um delator maluco e cheio de contradições, mas sem um documento se quer como prova. São esses desencontros de informações que tornam quase impossível a abertura de inquérito pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Políticos ouvidos pela reportagem do jornal Folha de São Paulo afirmaram que usarão essas brechas em suas defesas perante a Justiça. Um ministro do Supremo disse, sob condição de anonimato, que incongruências fragilizam as acusações e que algumas delações terão de ser reanalisadas em órgãos judiciais colegiados. Segundo ele, “não se pode provar com probabilidades. Prova tem que ser cabal”.


As petições contra os governadores do PSDB Marconi Perillo (Goiás) e Geraldo Alckmin (São Paulo) são outros exemplos dessa situação. A petição contra o goiano é embasada em quatro delatores que apresentaram três versões distintas. No caso do paulista, os delatores citam números que contradizem eles próprios: o que está nas planilhas não coincide com seus relatos.

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