sábado, 12 de agosto de 2017

O Vexado Cidadão Chapadinhense


Reações enfurecidas contra Sarney Filho nas redes sociais, o vereador Alberto Carlos/PR mostrando despreparo ao tentar constranger o prefeito Magno e ministro em momento indevido e o prefeito Magno Bacelar revisando o discurso de décadas para considerar Isaías um grande administrador público, foi o resumo do desgaste geral que a classe política de Chapadinha se impôs na cerimônia de entrega de títulos de cidadão de Chapadinha na manhã de ontem.

Em que pese – durante o ato na câmara – ter sido elogiado por políticos de todos os grupos locais, na Internet Sarney Filho apanhou mais que “mala velha pra sair barata”. Ser ministro de Temer e representante de um grupo familiar que governou por 50 anos deixando vivas e péssimas lembranças, pesaram contra o caçula do Sarney. Se a simples homenagem gerou essa onda de repúdio, com termos impublicáveis, imagine-se a rejeição à sua pretensão de chegar ao senado com o voto dos maranhenses.

O Alberto Carlos, esperança intelectual de Belezinha, em sua fala, deixou de fazer referência a qualquer dos homenageados para criticar o prefeito Magno e perdeu a oportunidade de ficar calado. Como resposta o líder do governo Nonato Baleco/PDT “sambou” ao pedir desculpas aos homenageados, lamentar a agressividade de Alberto em sessão solene e ao atribuir o gesto do opositor a dor de cotovelo pela cidadania chapadinhense que lhe fora negada.

Já o prefeito Magno Bacelar chamou atenção por afirmar que Isaías foi um bom prefeito por ter deixado as contas equilibradas. Merecedor do título de cidadão pela liderança e por acertos diferentes do equilíbrio financeiro, o exagero de Magno acabou passando artificialidade na aliança de hoje com seu antigo rival.

Se a máxima: “inimigos de hoje são os aliados de amanhã”, é quase uma lei natural da política, nossos líderes precisam também repensar como apresentar a conciliação entre adversários sem atropelar a história ou desrespeitar a memória dos eleitores.  

E esse Título de Cidadão Chapadinhense? Com os atuais critérios e motivações, corre o risco de um dia ninguém aceitar de tão desmoralizado. 

Foto: Júlio Foguinho

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