quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Sem Fofoca: Tudo Sobre Transplantes no Brasil


 

O drama vivido pelo apresentador Faustão até à cirurgia do coração gerou uma série de especulações e muitos comentários. Inconformado, um médico foi às redes sociais para esclarecer sobre as fofocas, o funcionamento na espera na fila de transplante e a seriedade com que o SUS (Sistema Único de Saúde) trata a doação de órgãos no país.

O médico pediatra e sanitarista Daniel Becker, do Rio de Janeiro, compartilhou um vídeo em que didaticamente explica como funciona o processo de doação de órgão no Brasil, os critérios, a impossibilidade de furar fila e, sobretudo, pediu: não espalhem informações falsas.

“O sistema é justo e funciona bem”, alertou o médico, afastando as fofocas. “A inclusão do Faustão na lista do SUS está gerando muitas dúvidas e especialmente comentários equivocados que faz mal faz com que o sistema perca a credibilidade.”

Segurança no sistema

O vídeo do médico Daniel Becker é extremamente pontual e firme ao detalhar sobre a fila de transplante e o sistema de doação de órgãos conduzido pelo SUS.

No vídeo, o médico explica, por exemplo, como funciona a espera para uma doação de órgãos e o porquê de muitos aguardarem anos.

Os critérios, conforme o próprio médico, independem do desejo de um ou de outro, mas, por exemplo da compatibilidade entre quem vai doar e receber o órgão.

Também é preciso avaliar as condições clínicas dos pacientes, se estão aptos para uma cirurgia naquele momento.

“Tudo é feito em ambiente hospitalar”, ressaltou o médico, destacando os cuidados técnicos e de atenção dos profissionais.

O médico reiterou que o sistema de transplantes do SUS é totalmente seguro por causa do rigor dos critérios que tem de obrigatoriamente ser obedecidos, documentados e formalizados.

São detalhes que impedem, de acordo com o especialista, qualquer possibilidade de “fura-fila” e desvios.

De acordo com o médico, há “lendas urbanas” de péssimo gosto que espalham notícias falsas e desestimulam doadores e a confiança no sistema.

Rigor nos critérios do SUS

O médico Daniel Becker destacou, no vídeo, quatro critérios e exigências expressamente seguidos pelo SUS no que se refere à doação de órgãos e lista de transplantes.

  • Compatibilidade: é preciso que haja, com comprovação de exames, a compatibilidade entre doador e receptador;
  • Documentação: todo o processo é devidamente documentado, registrado e testemunhado;
  • Anonimato: para segurança, o doador é anônimo, o que não afasta a possibilidade de revelação, porém, o SUS garante o sigilo;
  • Condições clínicas: para a cirurgia, tanto doador como receptador precisam estar em condições clínicas consideradas adequadas pela equipe médica, do contrário, o processo fica no aguardo.

·         Campanha

·         Para o médico, é fundamental desfazer quaisquer tipos de informações improcedentes, falsas e fofocas que circulem e atrapalhem a campanha de doação de órgãos.

·         “O sistema de doação de órgãos no Brasil é um dos mais justos e igualitários do mundo. 100% público, bem documentado e organizado”, disse Daniel Becker.

·         O médico apelou para o bom senso das pessoas;

·         “Disseminar essas informações, e não o contrário, é importante para que o sistema siga funcionando bem e para incentivar as pessoas a doarem seus órgãos.”

·         Em favor dos transplantes e da doação de órgãos, o médico pediu: “Seja doador. Basta falar com sua família, converse com seus amigos. É um gesto que pode ajudar tanta gente! Que legado pode ser melhor?”.

·         Doação de órgãos no Brasil

·         Para ser um doador, é preciso que expressar em vida o desejo. Mas é exigida também que a  doação de órgãos seja autorizada após a autorização familiar.

·         Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo.

·         Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde.

·         O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores.

·         Doadores não parentes, só poderão fazê-lo com autorização judicial. Não é permitida a venda de órgãos. A Constituição Federal proíbe.

·         O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com diagnóstico de morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (acidente vascular cerebral).

·         Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Do Site: Só Boas Notícias

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