quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Política com Futebol


Por: Almir Moreira - Advogado

Uma boa dose de humildade não faz mal a ninguém, a falta dela pode levar à arrogância ou cegar, deixar o sujeito se achando. É clássica a história de Golias contra David, o gigante filisteu valendo-se de sue avantajado porte físico desdenhou do menino franzino. Deu no que deu, foi surpreendido por uma pedrada mortal, bem no meio da testa, caiu batendo.

Assim, se deu com dois acontecimentos recentes: a derrota de Ricardo Murard na disputa pela assembléia Legislativa e a derrota do Gambá (“curinthians”) na Taça Libertadores, o torneio de futebol mais importante da América. 

Ricardo jamais pensou em ser derrotado, aliás, desistiu da disputa quando percebeu a derrota anunciada, seu erro foi achar ser imune a traição, daí sua falta de humildade. Achou ter interpretado a realidade à sua volta com precisão, achou sua eleição fato consumado, não se lembrou da lição shakesperiana, “há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia.”. Não foi arrogância ou prepotência, a falta de humildade no caso se confundiu com excesso de confiança. Do seu lado a Governadora e um time eclético de deputados do outro lado praticamente o baixo clero (deputados novatos ou de pequena expressão política). Então, humildade ficou de lado. O Deputado antecipadamente passou a agir como se presidente da Assembléia fosse, foram simbólicos os atos praticados por ele neste sentido. Com isso atraiu para si os holofotes, e muitos passaram a enxergar nesse triunfo um trunfo para sucessão de 2014. A trama correu frouxa por trás dos panos, à sua volta e no meio dos seus foi tramado a sua derrota. Paradoxalmente, Ricardo foi um ingênuo sem humildade.

Já o “Curinthians” (Gambá) viu no Tolima um adversário fraco, inexpressivo e sem tradição oriundo de uma cidadela da Colômbia. O gordinho centro avante, outrora jogador, agora marketeiro, disse na final do campeonato brasileiro ao ser interpelado por não ter obtido vaga direto na Libertadores mais ou menos o seguinte: “ a libertadores não é problema nós conseguiremos a classificação”. Falou isso porque sabia qual seria o adversário. Só não combinou com o poderoso Tolima. Aqui foi falta de humildade mesmo, foi arrogância e prepotência, o bando de loucos como canta “gambazada” cai bem. . O “Curinthians” fez jus ao seu hino, que assim começa: “ salve o “curinthians...”

Um comentário:

chaguinha disse...

Dr. Valmir(na intimidade)fazia dias que não lia seus comentarios, parabens por esse, assino em baixo. um abraço CHAGAS SILVA