Os
crimes de agiotagem, extorsão, entre outros, que teriam sido cometidos pela
quadrilha suspeita de participar da morte do jornalista Décio Sá, serão
investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações
Criminosas (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE). Os promotores de
justiça suspeitam que muitos políticos no Estado seriam ligados aos presos,
tendo cometido atos de improbidade administrativa.
As
investigações foram confirmadas através de nota
oficial divulgada nesta segunda-feira (18) pelo MPE. Desde 24 de
abril, três promotores foram designados para acompanhar as investigações que levaram
às prisões dos autores e mandantes do assassinato.
No
entanto, as investigações levaram a outros crimes, como o secretário de Segurança
Pública, Aluísio Mendes, afirmou durante a entrevista coletiva onde os
suspeitos foram apresentados. “É importante salientar que essa investigação
está apenas começando. O ponto inicial está esclarecido com a confissão do
Jonathan. Em função dela foi descoberta uma verdadeira organização criminosa
que é um verdadeiro câncer para a sociedade maranhense, atuando no desvio
principalmente de recursos públicos, agiotagens e extorsões. Alguns destes
crimes não são de nossa alçada e com certeza encaminharemos estas informações
para a Polícia Federal”, disse Mendes, que informou ainda que em poder do
‘consórcio’ foram encontrados talonários, notas de empenhos de prefeituras,
entre outros documentos.
Após
a prisão dos supostos envolvidos no crime, o Ministério Público passou a
investigar as ligações da quadrilha com gestores de todo o Estado.
A
procuradora-geral, Regina Rocha, informou ao G1 que designou dois promotores
para o acompanhamento do caso. "Quanto à morte do Décio, já sabemos como
ocorreu. Agora, eles estão investigando as circunstâncias e o que está por trás
disso tudo. Por enquanto não posso adiantar nada, mas o Ministério Público,
através do Gaeco, que é o órgão especializado para isso, continua nas
investigações. O Ministério Público sempre vai estar presente nestas
situações", finalizou.
Do G1 - MA
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