segunda-feira, 18 de junho de 2012

Grupos Isaías: “Tanto Fala em Honestidade, Mas Sempre Agiu em Sentido Oposto”

Lideranças do Grupo Isaías em Encontro Político
Quem acompanha a contundência do vereador Marcelo Menezes (filho do ex-prefeito Isaías) e a escrita de blogueiros e polemistas do grupo, onde a palavra mais gasta contra adversários é corrupção, vai imaginar que eles são liderados pelo administrador mais sério que existiu, totalmente honesto e incapaz de irregularidades com o dinheiro do povo.


Porém – sempre tem um “porém” em política! – um rápido exame nas contas do líder, o ex-prefeito Isaías, demostra que partindo deles o termo corrupção se encaixa melhor no velho ditado “que não se fala em corda na casa de enforcado” que qualquer outra coisa.

O próprio Isaías, em entrevista à Rádio Mirante de São Luís, declarou que está inelegível por mero erro e porque as intimações contra ele iam para a prefeitura e seu sucessor e adversário Magno Bacelar não lhe permitiu acesso a comunicados de processos contra ele no TCU.

Isaías tem quatro condenações com trânsito em julgado (efeitos irreversíveis) no Tribunal de Contas da União (TCU), outras tantas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e algumas ações por improbidade administrativa correndo na comarca de Chapadinha.

Pegando apenas um dos processos listados pelo TCU constata-se que a “ficha suja” do ex-prefeito Isaías vai muito além de erro formal, da impossibilidade (e incompetência) da defesa ou ingenuidade do gestor.

No processo número 023.328/2009-8 que trata de um convênio do Ministério da Saúde com a Prefeitura Municipal de Chapadinha, em 1998 e 1999, para construção de obras do Plano de Erradicação do Aedes Aegypti, Isaías Fortes é apanhado em irregularidades em notas fiscais, por contratar uma empresa de bebidas para supostamente fornecer material de construção – firma com endereço não foi localizado e, por fim, haver colocado os cheques em nome do emitente (Prefeitura de Chapadinha e não em nome das empresas) e ele mesmo ou alguém a seu mando ter sacado o dinheiro junto ao Banco do Brasil.

O valor do convênio é de R$ 132.728,20, a empresa do ramo de bebida que, de acordo com o TCU, teria emitido notas fiscais fraudulentas é a M. B. C. TERCEIRO, cuja representante legal é  Márcia Betânia Carvalho Terceiro e o endereço da firma seria da cidade de Vargem Grande.

Revela ainda o mesmo processo, que “a diligência determinada pelo Senhor Relator ao Banco do Brasil, resultou na obtenção das cópias dos cheques de fls. 299-305, através dos quais se pode verificar que foram todos emitidos em favor da Prefeitura Municipal de Chapadinha/MA e não às empresas emitentes das Notas Fiscais respectivas”.

Deste processo resultaram, além da inelegibilidade do ex-prefeito, sua condenação ao pagamento de multa nos valores de R$ 19.909,23, pela execução parcial da obra e de R$ 10.000,00, R$ 7.000,00 e R$ 5.000,00; pela apresentação (na mesma prestação de contas) de notas fiscais fraudulentas de outra empresa por nome de Complement  Comércio e Representações Ltda.

Confrontados com as evidências de apenas um dos processos que traz a tona fatos irrefutáveis, os seguidores do ex-prefeito Isaías têm duas opções: diminuir o grau de intolerância contra a corrupção ou dizer que nada sabiam sobre a gestão do líder e procurar um grupo que torne mais realista o discurso em prol da transparência e bom uso do dinheiro público.  

Já a sociedade, conhecendo a conduta do grupo do ex-prefeito Isaías, em que pese todos os problemas que temos hoje, deve refletir muito sobre se vale a pena correr o risco de entregar os destinos de Chapadinha a quem tanto fala em honestidade, mas sempre agiu em sentido oposto.    


Recorte da Lista do TCU: Isaías Com 4 Condenações


Para Ler a Íntegra do Processo Clique Aqui

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