Não
resta dúvida que o resultado favorável ao recurso que impetrou junto ao TRE foi
uma importante e [diria] surpreendente vitória jurídica de Belezinha,
mas com reflexos medianos para o jogo político de 2018 e totalmente incertos
para 2020.
No campo
jurídico a estranheza fica por conta da contundência das provas apresentadas
durante a investigação eleitoral que teve gravação de áudio e vídeo, nota de
entrega e apreensão do material de construção que embasaram a condenação da
justiça eleitoral de Chapadinha por compra de votos. Até por isso, o placar de
5 votos contra 1 também surpreendeu.
Sobre
como os juízes do TRE conseguiram desconsiderar tais provas, volto em outro
texto quando tiver conhecimento do acórdão.
Ressaltando
que a decisão mantém Belezinha com capacidade para disputar a eleição de 2018 e
não há tempo para mudar essa condição até outubro, o processo segue para o TSE
que dará a palavra final que não se vincula às decisões do TRE-MA. Como exemplo
ainda vivo do caso do ex-prefeito Isaías, que em 2008 venceu em São Luís por 6
x 0 e perdeu em Brasília pelo mesmo placar, ficando fora da prefeitura, para
2020 a elegibilidade de Belezinha é duvidosa.
Na senda
política a decisão do TRE surge tarde para o calendário deste ano. Belezinha
não trabalhou a candidatura antes e em tal altura não encontrará base eleitoral
fora de Chapadinha o que inibe ou encarece ao extremo a conquista do mandato.
Pode
ela insistir em candidatura para manter o nome com provável boa votação em
Chapadinha e não passa disso. Belezinha pode repetir a filha de Isaías de 2010:
mais votada em Chapadinha, mas sem votos fora e andando longe até das suplências.
É por
isso que a conquista de Belezinha de hoje é vitória jurídica de meio de caminho
e o triunfo político para 2018 é coisa que não passa da ladeira do Angelim e não
vai além do bairro Mutirão. E para as próximas eleições de prefeito? Ah, 2020
vem depois e o buraco pode ser bem mais em baixo.
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