Como invento
humano capaz de mediar conflitos sem a necessidade de violência entre divergentes, a política – contraditoriamente – suscita paixões e
ódios e quando tais sentimentos passam dos limites, ela (a política) perde o
poder conciliador e as ameaças de saídas violentas afloram.
Vivemos
tempos difíceis no cenário nacional, as agressões saem do ambiente virtual e
ganham a vida real de forma extremamente grave com risco à democracia, “troca da
política pela porrada” e substituição de votos por tropas e tanques.
Manter
a educação na divergência nos Faces e Zaps e evitar embates físicos talvez sejam
as tarefas mais patrióticas que um lado e outro possam oferecer ao Brasil que
em nada vai melhorar com a perda da paz e o fomento da intolerância.
No plano
local a falta de compostura ganha ares de tragicomédia na medida em que não se
antever que descambe para violência, porém, igualmente impede o debate sério, a
discussão democrática de velhos problemas administrativos e a análise correta dos
generalizados defeitos da nossa classe política.
Grosso
modo, não é a correção dos problemas o que interessa aos ferozes xingadores das
redes sociais tupiniquins e a narrativa de linguagem chula é motivada por perda
contrato, cargo ou emprego; frustração na expectativa de ganhos na gestão atual;
cobrança de forma e em local indevido e a eterna vontade de sempre ter ou nunca
perder as benesses de todo e qualquer governo.
A nação
tem 518 anos de atrasos e avanços e o município 8 décadas entre evolução e
retrocesso, das longas trajetórias às complexas causas que não serão superadas
por surtos internet, o Brasil precisa de mais política e menos ódio, Chapadinha
de menos ressentidos e mais oposição qualificada.
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